Polícia Federal e CGU investigam suposto desvio de recursos em hospital de Taquara

Alvo da investigação é empresa que administrou o Hospital Bom Jesus de Taquara entre 2016 e 2017. A mesma associação foi investigada na Operação Camilo, deflagrada em 2020

Uma ação conjunta da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria-Geral da União) cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos municípios gaúchos. Os alvos são membros de uma organização criminosa que teria desviado dinheiro do Hospital Bom Jesus de Taquara, em Taquara, no Vale do Paranhana. Chamada de Operação Tomentella, a ação busca combater supostos desvios de recursos públicos da área da Saúde.

Conforme a PF, a investigação teve início no final do ano de 2018. Está sendo apurada a contratação pelo município de Taquara de associação civil que administrou o Hospital Bom Jesus durante os anos de 2016 a 2017. A mesma associação foi investigada na Operação Camilo, deflagrada em 2020 pela Polícia Federal.

Os policiais buscam indícios se os recursos públicos federais repassados no período à associação civil foram desviados. O montante enviado pelo Ministério da Saúde chega a, aproximadamente, 16 milhões de reais.

A investigação aponta que o grupo teria utilizado parte desses valores para pagar despesas não autorizadas em proveito próprio e em favor de outras empresas a título de taxa de administração e consultoria. Verbas estaduais e municipais também podem ter sido usadas para fim diverso ao atendimento de saúde.

Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, nas cidades de Porto Alegre, Taquara, Pelotas e Santa Vitória do Palmar. Os crimes investigados na Operação Tomentella são apropriação ou desvio de bens ou rendas públicas, dispensa ou inexigência irregulares de licitação, organização criminosa, peculato, corrupção passiva e corrupção ativa.

O nome da operação – Tomentella – é um gênero de fungo que ataca a saúde de taquarais e bambuzais, causando a morte dessas espécies.