Quatro criminosos restaram presos em uma operação policial deflagrada pela Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar, em Canoas, na região metropolitana. A investigação aponta que integrantes de uma facção realizavam ameaças e extorsões contra comerciantes, clientes de um motel e até garotas de programa.
Os crimes investigados são de tráfico de drogas, extorsão e associação criminosa praticados por organização criminosa. De acordo com a polícia, houve cumprimento de 44 ordens judiciais, entre elas cinco mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão.
A investigação, denominada Taipan, é da 3º Delegacia de Polícia de Canoas e teve início em novembro de 2023. Uma vítima relatou à polícia ameaças sofridas mediante violência. Ela disse que teve que abandonar o motel que gerenciava há mais de 30 anos. A polícia estima prejuízo de mais de 500 mil reais após a vítima deixar o ponto e todas as suas benfeitorias.
A partir da posse ilegal do imóvel, os criminosos passaram a extorquir quem frequentava o local. Em um dos casos, um homem pagou R$ 20 mil à quadrilha para evitar que enviassem à sua família imagens dele entrando no motel com uma prostituta.
Conforme a investigação, além dessa vítima, o grupo ameaçou outras pessoas. Dentre elas está um proprietário de uma revenda de veículos. Ele recebeu vídeos com ameaças, onde os criminosos exigiam R$ 15 mil para não causarem um incêndio criminoso no estabelecimento.
De acordo com a polícia, o principal envolvido nessa série de crimes é um detento. Mesmo de dentro da cadeia, ele conseguia comandar as ações na rua. A finalidade do grupo criminoso, de acordo com aponta a investigação, é a de garantir a hegemonia territorial, assegurando, dessa forma, o controle da exploração sexual e do tráfico de drogas na área central de Canoas.
