Uma ação da Polícia Civil prendeu hoje (3) três criminosos que, segundo a polícia, cumpriram a ordem de matar de um preso do sistema prisional. A morte do comerciante Vanderlei Fuhr na véspera do Natal em Igrejinha, no Vale do Sinos, tratada inicialmente como latrocínio, foi orquestrada por uma quadrilha.
O motivo apontado pelas investigações é torpe. O comerciante foi morto apenas porque se recusou a vender e enviar um ventilador para o mandante do crime. Com a negativa, o detento ordenou que a vítima fosse morta e que o crime parecesse com um assalto.
“Inicialmente acreditávamos em latrocínio, mas após analisarmos as informações que chegaram, chegamos à conclusão de que a execução partiu de dentro da penitenciária, por dois detentos. Um dos detentos efetuou contato com o comerciante de dentro do presídio, solicitando um ventilador. Como o comerciante negou a venda, ele então planejou a execução”, relata o delegado Ivanir Caliari, responsável pelas investigações.
As investigações apontaram a participações de seis criminosos. Um foi preso no dia do crime pela Brigada Militar. Dois mandados foram cumpridos dentro de presídios e um homem considerado foragido foi recapturado.
Outro envolvido foi morto em São Francisco de Paula no dia 22 de fevereiro em possível queima de arquivo, já que ele teria a participação na autoria do crime. A ordem para matar o comparsa teria vindo, novamente, de um presídio.
Os bandidos efetuavam a venda de drogas, faziam roubos e são autores de homicídios na cidade de Igrejinha e demais municípios da região. Todos vão responder por de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por dissimulação e por formação de organização criminosa. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e três de prisões preventivas nas cidades de Campo Bom, São Leopoldo e Charqueadas.