Sessão na Câmara Municipal de São Paulo foi marcada hoje (21) por confusão e bate-boca. Vereadores do DEM, PSOL e Novo se desentenderam durante a sessão da Comissão de Estudos de Reforma da Previdência Social e por pouco não terminaram aos tapas e socos. A confusão teve empurrões, troca de acusações, chutes e mal-estar e começou por causa de divergências sobre o projeto em discussão.
Os parlamentares discutiam o plano de Previdência dos servidores do município, o Sampaprev, enquanto professores e funcionários da área de saúde protestavam.
A confusão começou quando o vereador Fernando Holiday (DEM), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), tentou interromper a fala da colega Samia Bonfim (PSOL). Antes, as vereadoras Samia Bonfim e Janaína Lima (Novo) se desentenderam e foram separadas pelo líder do PSDB na Câmara, Fabio Riva.
O vereador Toninho Vespoli, também do PSOL, entrou na discussão. Holiday e Vespoli tiveram de ser apartados. O barulho era intenso e o vereador Eduardo Suplicy (PT) pediu silêncio.
Guardas municipais foram chamados para a retirada de manifestantes que acompanhavam a sessão no plenário. Suplicy pediu calma e impediu que um guarda retirasse uma manifrestante.
Após a confusão, a sessão foi interrompida.
A base aliada do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), quer tentar votar ainda hoje o projeto que aumenta o desconto em folha do servidor público de 11% para 14% e cria um plano de previdência complementar. A oposição atua para obstruir a votação.
Em março, professores que protestaram contra o projeto acabaram feridos pela polícia. O projeto ficou adormecido nos últimos meses e a foi retomada em novembro.
*Com informações de Eliane Gonçalves, da Rádio Nacional em São Paulo