VÍDEO: entenda como funciona o "3 As", novo sistema de monitoramento da pandemia no RS

Confira a apresentação do novo sistema de distanciamento controlado ao vivo no Agora no RS.

O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) anunciou, nesta sexta-feira (14), o novo modelo de distanciamento controlado. A regra das bandeiras foi extinta e substituída por um novo método, chamado de “Três As”, de “aviso”, “alerta” e “ação”. A responsabilidade sobre o controle de casos não fica mais com as decisões do Piratini. A análise dos dados passa a ser mais constante e não semanal, como era no sistema de bandeiras.

A apresentação estava marcada para começar às 16h30. Mas, como se tornou costume na apresentação de medidas, atrasou 10 minutos.

Conforme a nova regra, chamada de “Três As”, o Grupo de Trabalho da Saúde faz o monitoramento do quadro da Covid-19 no Rio Grande do Sul. Esse grupo central emite o “aviso”, quando os casos sobem e os “alertas” para a tomada de decisão pelos conselhos de saúdes regionais. Ou seja, a partir de agora, cabe aos municípios e as associações de municípios a tomada de decisões sobre a redução de circulação ou de atividades econômicas.

O “aviso” é dado quando é detectada a tendência de crescimento de casos, de internações ou baixo ritmo de imunizações contra a Covid-19. Quando recebe um aviso, a região precisa redobrar a atenção para o quadro da pandemia e pode, ou não, adotar novas medidas.

Já o “alerta” é dado quando a tendência de crescimento de casos é considerada grave. Nesse estágio o Gabinete de Crise do Piratini é informado e decide, ou não emitir o alerta. Caso decida por essa ação, são necessárias providências para reduzir o contágio. Caso não seja dado o alerta, a região fica sob escrutínio até a próxima semana.

O Estado só interfere se a situação ficar muito grave nos municípios ou regiões, com as “ações”. Caso o número de casos ou internações cresça e as medidas regionais não surtam efeito, o Grupo de Trabalho exige uma resposta, em 48 horas, com as ações tomadas pelas associações regionais. Elas precisam adotar um plano de ação. Caso o Gabinete de Crise considere as medidas adequadas, elas passam a valer imediatamente. Caso não sejam adequadas, o Governo do Estado pode estipular ações adicionais a serem seguidas pelas regiões em alerta.

Após a mostrar o novo sistema de distanciamento, o governador participou de conversa virtual com prefeitos e deputados. Na sequência, atendeu a imprensa, de forma virtual.

Indicadores

Conforme o Governo do Estado, os indicadores não serão pré-determinados, como era no Sistema de Distanciamento Controlado. Para o Piratini, isso permite uma “ampliação na gama de informações, para identificar novas tendências de crescimento”. “Isso reflete a evolução do conhecimento científico sobre a pandemia”, segundo o governo.

No entanto, a velocidade de propagação, ou seja o contágio, e a velocidade de atendimento de novos casos seguirão sendo fatores importantes para acompanhamento da pandemia.

As regras do Sistema Três As de Monitoramento estão disponíveis no site do Governo do Estado.

Regionalização

Os municípios permanecem agrupados em 30 Regiões de Saúde, com base nos hospitais de referência para leitos de UTI, totalizando 21 Regiões Covid e 7 Macrorregiões.

Monitoramento

O sistema de monitoramento mede indicadores que apontam os riscos de aumento da propagação e de colapso do sistema de saúde. As regras matemáticas não são pré-determinadas e uma equipe técnica, representada pelo Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Comitê de Dados, é responsável por emitir avisos às regiões e alertas ao Gabinete de Crise, que poderá confirmá-los ou não. Boletins diários são gerados por regiões e disponibilizados no site.

Em situação de Alerta, a região tem 48 horas para responder sobre o quadro regional da pandemia e apresentar um plano de ação a ser tomado (adoção de protocolos mais rígidos, ações de fiscalização, etc.). Se o Gabinete de Crise considerar adequada a resposta da região, o Plano de Ação é imediatamente aplicado, e a região segue sendo monitorada pelo Gabinete de Crise e GT Saúde. Se o Gabinete de Crise não considerar adequada a resposta, o Governo Estadual poderá estipular ações adicionais a serem seguidas na Região.

Assista o vídeo abaixo