Sobe para 11 o número de focos do Aedes aegypti em Caxias do Sul

Ao todo, 11 focos do Aedes aegypti foram identificados em Caxias do Sul desde o início deste ano. A Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde do município localizou, nas últimas semanas, oito novos criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.

Cinco deles foram encontrados durante o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 11 e 20 de fevereiro. Outros três, durante as varreduras tradicionalmente feitas em regiões com registro de focos.

Os novos criadouros foram detectados nos bairros Alvorada (1), Bela Vista (1), Desvio Rizzo (1), Esplanada (2), Mariani (1) e Santa Lúcia Cohab (2). Sete deles estavam em residências e um numa empresa. Anteriormente, entre os dias 1º e 8 de fevereiro, três focos já haviam sido notificados nos bairros Esplanada (2) e Salgado Filho (1).

Rogério Poletto, coordenador da Vigilância Ambiental, destaca o fato de Caxias do Sul estar em época de Festa da Uva, o que exige ainda mais vigilância. “O aumento do fluxo de pessoas e veículos oriundos de outras cidades infestadas por Aedes aegypti e com transmissão da doença eleva significativamente o risco de registrarmos casos autóctones de dengue, zika e febre chikungunya”, alerta. Chama-se caso autóctone quando a doença é contraída dentro do município de residência do enfermo.

Índice de Infestação Predial

No ano passado, foram registrados 15 focos, sendo apenas dois até meados de fevereiro. Apesar do aumento do número de criadouros nestes dois primeiros meses de 2019, o Índice de Infestação Predial (IIP) do município é considerado baixo.

O IIP é determinado pelos resultados do LIRAa. Durante o levantamento, 6,8 mil imóveis foram vistoriados na área urbana da cidade, com identificação de cinco focos do Aedes aegypti. Os números representam índice de infestação de 0,1%, ou seja, baixo risco de transmissão de doenças. O IIP é estratificado em três níveis:menor que 1% considera-se baixo risco; de 1% a 3,9%, risco médio; e acima de 4%, alto risco.