O número de desabrigados e desalojados no Espírito Santo em razão das fortes chuvas subiu e passou dos 14 mil, segundo a última atualização divulgada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) do governo do estado, divulgada no fim da tarde de hoje (29). No total, 12.118 pessoas estão desalojadas e 1.983 estão desabrigadas.
Além disso, nove pessoas já morreram em consequência dos temporais. Ainda há um desaparecido e outras nove pessoas ficaram feridas, já tendo sido encaminhadas para atendimento em unidades de saúde.
O maior número de desalojados foi registrado nas cidades de Castelo (3.610), Alfredo Chaves (1.984), Iconha (1.926), Vargem Alta (1.051) e Cachoeiro do Itapemirim (927). Já os desabrigados se concentram em Itapemirim (340), Alegre (261), Cachoeiro de Itapemirim (247), Apiacá (240) e Muniz Freire (195).
O governo estadual decretou estado de emergência em 23 cidades. Em outros dois municípios (Vargem Alta e Cachoeiro de Itapemirim), a condição foi definida pelas prefeituras.
Ao todo, há 17 municípios em alerta de nível alto, sendo 13 com risco hidrológico, de episódios como inundações e alagamentos. Outros três, incluindo a capital Vitória, possuem risco de movimento de massa. Além destes, mais de 50 municípios foram classificados como alerta de nível moderado.
Nas últimas 24h, três cidades tiveram altos volumes de chuvas: Santa Teresa (34.79mm), Santa Maria de Jetibá (15.95mm) e Ibitirama (10.69mm). O restante das localidades ficou com índice abaixo dos 10mm. Em algumas cidades, permanecem localidades sem acesso ou isoladas, como em Vargem Alta, Irupi, Muniz Freire e Linhares.
A previsão para amanhã (30) e sexta-feira (31), segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa e Assistência Técnica em Extensão Rural (INCAPER), é que o sol volte em todo o estado e não haja pancadas de chuva. Em alguns locais, como no litoral sul, a estimativa é de ventos fortes.
Em diversas cidades, foram atendidas ocorrência como socorro a vítimas, limpeza e desobstrução de ruas, vistorias técnicas, interdição e demolição de casas e prédios, restabelecimento de serviços como fornecimento de água potável e energia elétrica e construção de estruturas provisórias, como pontes.