O Procon Porto Alegre interditou, nesta quinta-feira, (2), a empresa MFV da Fonseca, que atuava na Capital como escola de formação de modelos Grupo Live. A MFV também usava o nome Superstar. A suspensão das atividades se deu em função da prática reiterada de publicidade enganosa e abusiva junto a crianças e adolescentes. Direcionada a esses grupos, criava a perspectiva de que poderiam ingressar no mercado da moda, atuando como modelos.
“Gerava a expectativa de que seriam produzidos para book fotográfico, mas eram fotografados com a roupa do corpo”, destaca a diretora executiva do Procon Porto Alegre, Sophia Martini Vial. A MFV também incorreu no ato de descumprimento da oferta e na utilização indevida da marca, produzindo confusão entre os consumidores, ao fazer-se passar pela empresa Live Model, que atua no mercado de moda na Capital.
De acordo com a diretora do Procon, a empresa valeu-se ainda da vulnerabilidade do grupo contratante, composto exclusivamente por pessoas de baixa renda e moradores de bairros da periferia da Capital para fornecer serviço com falhas ou inexistente. “A MFV ficará interditada até que solucione as demandas que chegaram ao Procon Porto Alegre, devolvendo cerca de R$ 30 mil pela cobrança de serviços não prestados”, salienta Sophia. A empresa também infringiu o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que dispõe que não se pode violar a integridade física, psíquica e moral dos jovens.