Por 47 votos a 0, deputados extinguem ajuda de custo para moradia na AL

A medida passa a valer a partir desta legislatura e representa uma economia de R$ 2,8 milhões por mandato na Assembleia Legislativa.

Por 47 votos a zero, os deputados estaduais aprovaram, nesta terça-feira (9), a resolução que extingue o benefício do auxílio moradia para deputados. A medida passa a valer a partir desta legislatura e representa uma economia de R$ 2,8 milhões por mandato.

O absurdo auxílio moradia foi criado pela Assembleia em 2013. O benefício era justificado para os deputados pudessem “custear despesas com mudança de residência”. Os eleitos recebiam R$ 25.322,25, e, os reeleitos, recebiam a benesse dobrada, mesmo que não mudassem de endereço.

A revogação do benefício foi encabeçada pelos deputados do Partido Novo. Antes mesmo de tomar posse, os parlamentares Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo renunciaram ao benefício. “Trata-se de um privilégio, pago com recursos públicos, que não deveria existir. Estamos enfrentando uma crise financeira dramática, e a Assembleia Legislativa precisa dar o exemplo”, ressaltou Ostermann.

“Esta decisão mostra que os deputados estão ouvindo a voz das ruas. Estamos cortando privilégios e, com isso, ganhamos legitimidade para propor as mudanças que o Estado necessita”, destacou Riesgo.

Em 2019, além de Ostermann e Riesgo, pelo menos seis deputados também devolveram ou doaram o valor integral recebido com o auxílio mudança. São eles: Elton Weber (PSB), Sebastião Melo e Tiago Simon (MDB), Ruy Irigaray (PSL), Vilmar Lourenço (PSL) e Neri, o Carteiro (Solidariedade). Adolfo Brito (PP) doou a metade do que teria direito.