A jovem de 22 anos que se jogou de uma unidade habitacional em chamas ontem (20) em Porto Alegre segue internada. O caso ocorreu na rua doutor Aron Menda, no Jardim Dona Leopoldina, bairro Rubem Berta, após um apartamento pegar fogo.
Carine da Silva Malé Baguinara, que estava no terceiro pavimento, saltou de uma janela após se assustar com a fumaça no andar abaixo. Mesmo com ajuda de vizinhos, que colocaram um colchão para amortecer a queda, a vítima atingiu o solo.
Socorrida pelo Corpo de Bombeiros e pelo Samu, a jovem foi internada no Cristo Redentor em estado grave com fratura na região pélvica. Exames posteriores apontaram uma lesão na coluna. Por conta disso, Carine não consegue movimentar o corpo da cintura para baixo.
Mesmo internada na área laranja do HCR, a jovem apresentou estabilização do quadro. Ela não necessidade de aparelhos para respirar e se comunica normalmente. Os médicos ainda realizarão exames para descobrir se o quadro é reversível.
Prédio interditado
A unidade do conjunto habitacional onde ocorreu o incêndio segue interditada. Peritos do IGP (Instituto-Geral de Perícias) estiveram novamente no local nesta manhã. Eles avaliaram a edificação e realizaram vistoria para identificar onde as chamas começaram.
A Defesa Civil ainda sabe quando ou se o prédio atingido pelas chamas vai ser liberado. Moradores apenas puderam entrar nos apartamentos para tirar pertences essenciais.
O fogo, segundo moradores, começou em um quarto de um dos apartamentos do segundo andar. A suspeita do Corpo de Bombeiros é de que as chamas tenham começado na cozinha do apartamento. No local, havia ainda duas crianças, de 9 e 5 anos, salvas pelo irmão mais velho, de 17.
Rapidamente as chamas se espalharam pelos outros cômodos e atingiram, parcialmente, outras unidades habitacionais vizinhas. Apenas o apartamento onde o fogo teve início teve perda total.
Além de Carine, outras sete moradores tiveram que ser internadas por causa da inalação de fumaça. Outros nove policiais militares, que prestaram os primeiros socorros na ocorrência, também tiveram que ser atendidos com o mesmo quadro.
