Cotidiano

Haddad eleva o tom, critica e desafia Bolsonaro

O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, elevou hoje (20) o tom e as críticas ao adversário Jair Bolsonaro (PSL) durante ato político em Fortaleza. Na sua primeira viagem ao Nordeste neste segundo turno, ele chamou Bolsonaro d...

O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, elevou hoje (20) o tom e as críticas ao adversário Jair Bolsonaro (PSL) durante ato político em Fortaleza. Na sua primeira viagem ao Nordeste neste segundo turno, ele chamou Bolsonaro de “aberração” e “soldadinho de araque”. Para o petista, o adversário é o que “tem de pior” no parlamento brasileiro.  

“A elite ficou dois anos procurando um candidato para representá-la. Acharam o que tem de pior no Congresso Nacional, uma aberração, que só fala em violência, só ofende”, disse. “Cada vídeo desse cara assusta uma parte da população”, disse.

Para Haddad, Bolsonaro evita debates porque confiava em uma “armação para ganhar no primeiro turno das eleições”.

“Vem falar da minha família na minha cara”, desafiou. Vem me enfrentar, soldadinho de araque. Não está preparado para ser presidente da República”, acrescentou Haddad, que iniciou o discurso entregando uma rosa vermelha à mulher Ana Estela Haddad, que o acompanha em todos os atos de campanha.

Denúncias

Mais uma vez, o candidato cobrou investigações sobre a suspeita da existência de um grupo de empresários que financiaria um esquema para disseminação do envio em massa de fake news (notícias falsas) anti-PT na plataforma WhatsApp.

“Agora caiu numa armadilha. Eles montaram uma organização criminosa para botar dinheiro sujo no WhatsApp”, disse Haddad.

“Vocês devem conhecer muita gente que recebeu notícia falsa pelo WhatsApp e metade da população brasileira hoje se informa pelo celular e o WhatsApp redireciona para vídeos e mensagens mentirosas contra mim e a Manuela d’Ávila, nossa candidata a vice.”

O Tribunal Superior Eleitoral abriu investigação para apurar o pedido encaminhado pelo PT sobre o suposto esquema e rejeitou a quebra de sigilos dos empresários apontados como envolvidos na ação. 

“Esse esquema de corrupção foi montado para ajudá-lo [referindo-se a Bolsonaro] e precisa ser desbaratado. Eu lamento que a Justiça Eleitoral não tenha permitido a busca e apreensão dos computadores das empresas criminosas e a eventual prisão de um empresário, que fez contratação ilegal, poderia resolver esse problema agora e ele sair do primeiro turno”, afirmou Haddad.