O presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou hoje (3) estado de exceção no país, em resposta à greve declarada pelo Sindicato dos Transportes, em rejeição ao aumento no preço dos combustíveis e ao pacote de medidas econômicas que o governo implementou no âmbito do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Para garantir a segurança dos cidadãos e evitar o caos, estabeleci o estado de exceção em nível nacional”, disse Moreno, em declaração à imprensa no Palácio de Carondelet, sede do Executivo equatoriano.
O anúncio ocorre em meio a um tumulto geral no país, com representantes de organizações estudantis, indígenas e trabalhadores em alerta e organizando mobilizações para rejeitar a eliminação dos subsídios aos combustíveis, entre outras medidas econômicas.
Lenín Moreno afirmou que a reivindicação de direitos não pode prejudicar os direitos que são realmente “fundamentais para o progresso do país: trabalho, educação e mobilidade livre”.
O presidente disse ainda que reitera a abertura ao diálogo, um mecanismo que, segundo ele, é aplicado no país desde o primeiro dia de seu governo e enfatizou que não aceitará chantagens e agirá de acordo com a lei.
A ministra do Governo, María Paula Romo, informou que 19 pessoas foram presas por causa de excessos durante as manifestações na manhã desta quinta-feira.
María Paula explicou que o estado de exceção garante que os cidadãos possam se mobilizar e que os produtos cheguem ao seu destino. “[O estado de exceção] não é para interromper o movimento dos cidadãos, mas para garantir isso”, enfatizou.
*Com informações da Télam e da Ecuador TV