O Portal dos Procurados do Disque-Denúncia aumentou de R$ 20 mil para R$ 30 mil a recompensa para quem der informações que levem à prisão de Schumaker Antonacio do Rosário, de 34 anos, conhecido como Schumaker ou Piloto. Da facção Comando Vermelho, ele chefia o tráfico de drogas na comunidade Jardim Catarina, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
De acordo com o serviço de inteligência das forças de segurança do estado, Schumaker estaria escondido no Complexo do Salgueiro, alvo da operação do Comando Conjunto das Forças Armadas realizada ontem (29). A operação contou com cerco da Marinha na Baía de Guanabara para evitar a fuga de traficantes pelo mar,
A quadrilha do traficante, conhecida como “O Bonde do Schumaker”, é acusada de tráfico de drogas, assaltos e homicídios. Em fevereiro de 2017, Schumaker chegou a oferecer aos seus aliados recompensa de R$ 5 mil por policial morto na região. Não foi a primeira vez que o traficante planejou a morte de policiais em São Gonçalo. Em junho de 2014, a quadrilha teria executado com mais de 20 tiros o soldado PM Dayvid Lopes Atanásio, de 25 anos, no Jardim Catarina. Lotado no Batalhão de Choque, o militar foi vítima de uma emboscada perto de casa, na mesma região.
Condenação
Schumaker foi condenado a 20 anos de prisão pelos crimes de homicídio e assalto a mão armada. Contra ele, há sete mandados de prisão, sendo quatro pelo crime de evasão do sistema penitenciário e três por homicídio qualificado, associação para a produção, tráfico e condutas afins e associação para a prática de tráfico ilícito de substância entorpecente.
Em 2003, o traficante foi preso por assalto. Dez anos depois, recebeu o direito de cumprir o restante da pena em regime semiaberto, não mais retornando ao Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, onde cumpria a pena.
Após a saída da prisão, Schumaker refugiou-se no Complexo do Salgueiro, alvo constante de operações policiais para recapturá-lo. De lá, ele determina que seus aliados coloquem barricadas para impedir a ação da polícia. Os bloqueios são retirados constantemente por policiais militares do Batalhão do município (7º BPM) e recolocadas constantemente, após a saída da PM. Em algumas ruas da comunidade, os moradores precisam deixar os carros longe de suas casas por causa do acesso bloqueado por bandidos.