Boa parte do Rio Grande do Sul teve tempo bom neste sábado (2). Um belo céu azul e um calor não tão fustigante. O povo gaúcho pode, então, sair para as ruas, ir para os parques, no bares, ir para as atividades culturais, e para os estádios de futebol, naquele clima de “a vida é boa e tem sim um sentido”.
De minha parte, eu, F., estive pelas ruas, de posse das minhas alucinações. Olhava os prédios antigos, as fotos nas paredes e viajava no tempo, pensando em como seria viver outras épocas. Nunca disse isso, mas um de meus sonhos é visitar outras eras, sentimento que cresce nesse momento de crise do nosso tempo. Um outro tempo, mesmo que passado, pode surgir como solução para impasses ainda sem horizonte de mudança.
Mas sei, leitor (a), que clicaste no texto para saber detalhes do jogo entre Juventude e Inter, no Alfredo Jaconi, que assim como todos os demais jogos de hoje, encerrou a primeira fase do Campeonato Gaúcho. O Inter já tinha a liderança conquistada e o Juventude estava classificado. Mesmo assim, é preciso cumprir o protocolo e ressaltar a torcida se fez presente no Jaconi e fez bela festa.
O Inter entrou em campo praticamente só com reservas, de titulares só Anthoni, Bustos e Vitão. Não obstante, chamou atenção como o conceito de jogo de Eduardo Coudet que, suspenso, não esteve à beira do campo, está consolidado. Taticamente, o Inter é um rocha.
Os jogadores operam o esquema 4-1-3-2, com suas variações, da mesma maneira que os titulares. A diferença, por óbvio, está na qualidade técnica, que alguns suplentes não conseguem dar conta. Assim, o primeiro tempo transcorreu com maior volume do Inter, mas sem muitas chances.
Na única vez que o Colorado conseguiu um passe vertical, que projetou seus atacantes entre as linhas de defesa adversária, a bola chegou para Lucca, aos 21, que chegou passou pra Hyoran. Ele chutou a bola desviou na defesa e deslocou o goleiro Lucas Wingert. Inter na frente.
O Juventude esteve muito abaixo ao longo da primeira etapa. Nas poucas vezes que achou fissuras na parede Colorada, parou no goleiro Anthoni. Primeiro, antes do Inter marcar, em um chute de fora da área de Erick. E, depois, já no fim do primeiro tempo, quando novamente Erick dominou dentro da área e chutou forte, obrigando Anthoni a fazer uma defesaça.
Segundo tempo
O Inter ampliou o marcado com 18 segundo tempo. Após uma roubada de bola logo na saída de jogo do Juventude, a bola chegou para Gustavo Prado na direita. Ele cruzou, a bola atravessou a área e chegou no segundo pau para Wesley cabecear e fazer o segundo do Inter.
O gol frustrou os planos do Juventude, que vinha mais ligado na etapa final [repare, leitor (a), como domino o linguajar da crônica esportiva, nem parece aquele poeta de outrora, para quem vive de letras, é preciso dominar o maior número de idiomas possível].
O ímpeto do Juventude resultou em um gol, aos 6. O Inter rebateu um escanteio e a bola sobrou para Jadson. Ele chutou e, assim como no primeiro gol do Inter, a bola desviou na defesa e Anthoni não pode evitar que o Juventude descontasse.
Vendo que o Juventude poderia encerrar a sequência de vitórias do Inter, Lucho Gonzáles colocou Bruno Henrique, Aránguiz, Wanderson e Alan Patrick em campo. A situação se equilibrou, o jogo seguiu disputado, mas não houve mais gols.
Situação e próximos jogos
Inter líder, Juventude quinto. Na próxima fase, as quartas de final, o Inter enfrenta o São Luiz. O Juventude o Guarany de Bagé. As datas ainda não estão definidas.
O que está definido são as datas dos jogos de Juventude e Inter na segunda fase da Copa do Brasil. O Inter joga na quarta (13), às 20h, contra o Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Já o Juventude enfrenta o Paysandu, na terça-feira (12), às 19h, no Alfredo Jaconi.
Na segunda fase, assim como na primeira, o classificado será conhecido em partida única. Porém, em caso de empate, a decisão vai para os pênaltis.
Da pedra ao sonho
Escrever fatos objetivos envolve um esforço semelhante ao de time bem organizado taticamente. Tudo precisa de quem, quando, quanto e onde. Mas confessor, leitor (a), estar sentindo falta de meus amigos e meus devaneios sobre os encontros com eles.
É preciso descer das pedras. Ganhar novas asas. Ter novos sonhos. Não somos nada sem fantasia, seja com que idade, seja em que tempo.
