Cotidiano

Colômbia e Peru defendem criação de base de dados sobre venezuelanos

As autoridades migratórias da Colômbia e do Peru definiram hoje (28) que vão criar uma base conjunta de dados dos imigrantes venezuelanos que buscam apoio nos dois países. A decisão foi tomada após dois dias de reuniões, das quais participou o Brasil...

As autoridades migratórias da Colômbia e do Peru definiram hoje (28) que vão criar uma base conjunta de dados dos imigrantes venezuelanos que buscam apoio nos dois países. A decisão foi tomada após dois dias de reuniões, das quais participou o Brasil. Do lado brasileiro, foi decidido se reforçar o esquema de segurança, em Roraima, com o envio de militares das Forças Armadas para o estado.

Na reunião, na qual também participariam autoridades equatorianas, mas que não puderam chegar por problemas logísticos, o superintendente nacional de Migrações do Peru, Eduardo Sevilla, afirmou que “a ideia é convidar os demais países” que recebem venezuelanos para que se unam à iniciativa.

“Queremos criar princípios básicos, ideias básicas para poder atender a este fenômeno migratório de maneira regional (…) e um dos aspectos fundamentais é que as autoridades tenham informações de todas estas pessoas para que consigam organizar este fenômeno que está crescendo a cada dia”, acrescentou.

Segundo dados oficiais, na Colômbia há 1 milhão de venezuelanos, enquanto no Peru são mais de 400 mil. No Brasil, houve 17.865 solicitações de refúgio de venezuelanos em 2017, conforme dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Problemas

No Peru, de acordo com Sevilha, há  venezuelanos que tentam, ao mesmo tempo, a Permissão Especial de Permanência da Colômbia (PEP) e a Permissão Temporária de Permanência do Peru (PTP). “É muito importante que a Unidade Administrativa da Migração da Colômbia e a correspondente do Peru possam conhecer quantos deles vieram e escolheram os dois processos. A pessoa não pode ter um PEP na Colômbia e um PTP no Peru”, disse.

Sevilla defendeu que a troca de informação é “valiosa”: “Ela não facilita apenas a correta e oportuna identificação do estrangeiro que está ingressando, mas também ajuda a montar um calendário para ações de outros setores”.

*Com informações da Agência EFE.