Ao menos 384 dos 497 municípios gaúchos paralisam todos os equipamentos e serviços contra o corte do repasse de impostos e em apoio aos caminhoneiros. O levantamento é da Famurs (Federação dos Municípios do RS), que orienta a manutenção apenas dos serviços da área da saúde.
Segundo o presidente da Famurs e prefeito de Rio dos Índios, Salmo Dias de Oliveira, a paralisação tem origem na manifestação dos prefeitos. “Por decisão da ampla maioria dos prefeitos, todo o transporte que utiliza combustível, exceto saúde, vai paralisar nos municípios amanhã. Com o aumento dos combustíveis, os serviços das prefeituras irão encarecer e os municípios não têm como arcar com esse custo. O combustível é o insumo mais utilizado nos municípios”, afirma.
“Fizemos ligações para todos os prefeitos ontem (23/5) e ouvimos a maioria. Cada município tem autonomia para aderir ou não a manifestação, mas a orientação da Famurs é que se paralisem os serviços”, afirma Salmo. O presidente da Federação ainda alerta que o corte da Cide irá impactar nos municípios que já enfrentam uma grave crise financeira, protestos dos caminhoneiros e desabastecimento.
“O aumento no preço dos combustíveis e a desoneração da Cide, diminuindo o que é repassado aos municípios, irá afetar a economia dos entes que já recebem menos recursos”, disse.