FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Porto Alegre: Saúde captura 41 escorpiões no Centro Histórico

O escorpião amarelo tem veneno altamente tóxico, capaz de provocar a morte da vítima em poucas horas

Foto: Cristine Rochol/PMPA
Foto: Cristine Rochol/PMPA

Quarenta e um escorpiões amarelos foram capturados na noite de quarta-feira (17) em ação em parte do Centro Histórico de Porto Alegre. O Núcleo de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde coordenou a ação. Participaram dos trabalhos também agentes da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, agentes de combate a endemias e profissionais do Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos).

A ação abriu 82 caixas de luz e telefonia, no perímetro que abrange as ruas General Vitorino, Annes Dias, Praça Dom Feliciano, Senhor dos Passos, Otávio Rocha, Dr. Flores, Andradas, Marechal Floriano, Salgado Filho e Vigário José Inácio, finalizando na Praça Dom Feliciano. Também houve capturas em calçadas. 

Os animais capturados são enviados para o CIT (Centro de Informações Toxicológicas) do Rio Grande do Sul. Esta foi a quarta operação realizada à noite em Porto Alegre neste ano. Nas quatro operações foram capturados 101 escorpiões. Neste ano quatro acidentes foram registrados na Capital, sendo dois no Centro, e um no São Geraldo e no Partenon. 

A região do Centro Histórico, e em especial o entorno da Praça Dom Feliciano, registra o maior número de visualizações e capturas do animal em toda a cidade. Em 2023, foram registradas 585 capturas e/ou visualizações do animal em bairros da cidade (Mário Quintana, Anchieta, São Geraldo, Cidade Baixa, Santana e Centro Histórico).

O escorpião

O escorpião amarelo tem veneno altamente tóxico, capaz de provocar a morte da vítima em poucas horas – especialmente crianças, pessoas idosas ou com comorbidades. A picada é dolorosa, provoca dor intensa no local afetado, e o veneno se dispersa por todo o corpo.

Diante da suspeita ou confirmação do acidente (quando uma pessoa é picada pelo escorpião), a recomendação é levar a vítima o mais rapidamente possível para o Hospital de Pronto Socorro, único local da cidade com o soro antiescorpiônico.

A biologia dos escorpiões amarelos tem uma peculiaridade: não existem machos entre a espécie. As fêmeas vivem em média quatro anos e se reproduzem pelo processo chamado partenogênese (sistema de reprodução em que as fêmeas produzem descendentes sem que haja a intervenção de machos). A reprodução ocorre, em média, duas vezes por ano, dando origem a 20 filhotes por vez, chegando a 160 filhotes durante a vida.

Alimentação e cuidados

Os escorpiões amarelos se alimentam de baratas, por isso é importante manter a limpeza em residências, comércios e vias visando à diminuição da população do animal. Confira cuidados preventivos em regiões com confirmação de escorpião amarelo:

  • Verifique calçados, roupas, toalha e roupas de cama antes de usá-los;
  • Limpe caixas de gordura e ralos de banheiro e de cozinha;
  • Mantenha camas e berços afastados da parede;
  • Evite que lençóis toquem no chão;
  • Feche frestas nas paredes, móveis e rodapés para que não sirvam de esconderijo para os escorpiões;
  • Use telas nas aberturas dos ralos, pias e tanques;
  • Mantenha os ambientes sem entulhos e sem lixo;
  • Em comércios, verifique bem o local antes de retirar um produto, especialmente nas prateleiras mais baixas, como as gôndolas de supermercados.

Em caso de visualização, a recomendação é fazer contato pelo serviço 156 (telefone, APP 156+POA ou meio eletrônico, no endereço 156web.procempa.com.br. É importante que o requerente informe o local exato da ocorrência e meio de contato.