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Atividade física é arma contra o burnout

A síndrome do burnout é caracterizada pelo esgotamento mental e tem como um de seus principais sintomas a desmotivação.

Foto: Banco de dados/Canva
Foto: Banco de dados/Canva

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como doença ocupacional em 2022, a síndrome do burnout é caracterizada pelo esgotamento mental e tem como um de seus principais sintomas a desmotivação para a realização de tarefas dentro e fora do ambiente de trabalho.

Atualmente, a doença atinge cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros e se soma a outros Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (TMRTs) como a segunda maior causa de afastamento laboral no Brasil e no mundo.

O volume com o qual o burnout se apresenta na sociedade atual somado à magnitude dos prejuízos que acarreta para a vida dos indivíduos tem motivado a comunidade científica a buscar formas de não apenas combatê-lo, mas, sobretudo, preveni-lo.

Em meio a essas buscas, o estabelecimento de uma rotina de atividade física tem se mostrado um dos antídotos mais consistentes contra a doença.

Recentemente, estudos voltados a investigar os benefícios dos exercícios na prevenção e no combate do burnout em profissões de alto nível de estresse como polícia militar, polícia civil e enfermagem identificaram uma relação direta entre o volume de atividade física realizada e o nível de percepção de estresse dos profissionais.

“Essa relação tende-se a justificar fisiologicamente pelo fato de que, durante a prática de atividade física, há uma elevação da liberação de ocitocina e endorfinas, que inferem no estado de humor do indivíduo e podem atuar na alteração da reatividade ao estresse diminuindo o estado de apatia ou angústia”, apontou o pesquisador Juan Carlos Freire em sua tese intitulada “Associação da atividade física com o estresse ocupacional e a síndrome de burnout em profissionais de segurança pública”.

Treinar se divertindo é a melhor receita

Que o exercício físico tem se mostrado uma arma eficaz para prevenir e combater o burnout não há dúvidas. Mas como se exercitar com consistência se a doença joga contra a motivação para a prática? O desafio não é simples, mas profissionais da área da saúde e do esporte já estão encontrando respostas.

Habituado a auxiliar alunos nesta missão, o treinador Bruno Silva afirma que a melhor forma de combater o desânimo causado pelo quadro é atrelar a atividade física a situações divertidas, como praticando os exercícios e as modalidades que mais gosta, se juntando a amigos e colegas em práticas coletivas e buscando ambientes agradáveis.

“O papel do professor nesse processo é de extrema importância. Primeiro no quesito de seleção e montagem do treino. É preciso conhecer o aluno, utilizando, por exemplo, de estratégias como a realização de um questionário chamado de anamnese. Também é nossa função o acompanhamento e a compilação de resultados para garantir estímulos positivos e motivacionais”, concluiu.

Quer ficar mais longe do burnout se exercitando? Confira abaixoa dica de treino do treinador Bruno Silva:

  • Agachamento – 3×15 repetições – 1 minuto de pausa
  • Flexão de braço – 3×15 repetições – 1 minuto de pausa
  • Polichinelo – 3×15 repetições – 1 minuto de pausa
  • Abdominal remador – 3×15 repetições – 1 minuto de pausa
  • Agachamento + desenvolvimento – 3×15 repetições – 1 minuto de pausa
  • Skipping baixo – 3×20 segundos – 1 minuto de pausa