ENCHENTE - DIA 13

Canoas usa bombas para drenar enchente que atingiu oito bairros

A estimativa é que 100 milhões de metros cúbicos de água tenham atingido de 70 a 80 mil residências. Casas de bombas estão inoperantes.

Crédito: Thiago Guimarães / Prefeitura de Canoas
Crédito: Thiago Guimarães / Prefeitura de Canoas

A Prefeitura de Canoas começou o extenso trabalho de remover a água da enchente que inundou o lado Oeste do município. Ao menos oito bairros – Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Central Park, Cinco Colônias, Harmonia, Mathias Velho e São Luís – estão há 13 dias debaixo d’água.

A estimativa é que 100 milhões de metros cúbicos de água tenham atingido de 70 a 80 mil residências. “Só foi possível começar agora, porque era necessário que o nível da água dos rios descesse o suficiente para que o bombeamento pudesse ser efetivo”, afirma o secretário de Obras de Canoas, Guido Bamberg.

As primeiras unidades começaram a operar na noite de quarta-feira (15) nos diques dos bairros Mathias Velho e Rio Branco. Ambos tiveram inundações causadas pelo alto volume da enchente, que extravasou as estruturas de terra de cinco metros de altura.

Ao todo, de acordo com a Prefeitura, 40 bombas serão instaladas. A estimativa é que ainda demore, após a ligação de todas as bombas, cerca de 15 dias para que a água seja drenada.

“Como o Guaíba começou a baixar, iniciamos esse trabalho de instalação de bombas e gradativamente vamos seguir as instalações nos diques do Mathias Velho e do Rio Branco. Desde o primeiro momento, o prefeito Jairo Jorge determinou que a gente dê atenção integral a essa demanda do escoamento da água de todo o lado Oeste da cidade”, afirma Bamberg.

Crédito: Thiago Guimarães / Prefeitura de Canoas

De acordo com o secretário, serão necessários investimentos para a recuperação das casas de bombas. As unidades 3, 4, 5, 6, 7 e 8 também foram afetadas e estão com funcionamento imediato comprometidos. Ele aponta que, ainda, será necessário reconstruir os diques rompidos. Cada estrutura teve pelo menos 50 metros de aterro levados pela enxurrada.

O custo estimado para realização desses serviços é da ordem de R$ 200 milhões. Dinheiro que, conforme entrevista do prefeito Jairo Jorge à GloboNews, será desenbolsado, neste primeiro momento, pelos cofres do município, que está em situação de calamidade pública.