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RS possui mais de 3 milhões de pessoas com alguma dose contra a covid-19 em atraso

Se todas essas que estão em atraso já tivessem feito a dose, a porcentagem da população gaúcha com dose de reforço passaria dos atuais 31% para 53%.

Em Pouso Novo, profissionais de saúde levam a vacina até a casa de moradores em localidades mais distantes. Foto: Divulgação/SES

Dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações apontam que mais de três milhões de pessoas estejam hoje (21) com alguma dose contra a covid-19 em atraso no Rio Grande do Sul.

Isso representa um maior risco do desenvolvimento de casos graves e mortes pela doença, conforme já apontou estudo da SES (Secretaria Estadual da Saúde), principalmente entre os idosos.

Nesta faixa etária, a pessoa com dose de reforço teve até 21 vezes menos risco de óbito, em comparação com aquelas não vacinadas.

Apesar de mais de 90% da população do Estado já ter feito pelo menos uma dose da vacina, ainda é grande o número daquelas que não voltaram para receber a segunda. Das mais de 9,3 milhões que fizeram a primeira dose (do esquema de duas), 657 mil estão com a segunda em atraso.

Elas representam aquelas que deixaram expirar o prazo para completar o esquema primário, que varia de acordo com a vacina recebida: 28 dias (quatro semanas) de intervalo para a Coronavac (adulto ou infantil), 28 a 56 dias para a AstraZeneca (4 a 8 semanas) e entre 21 a 84 dias (3 a 12 semanas) para a Pfizer (56 dias, ou 8 semanas, no caso da dose infantil).

Em relação à dose de reforço, são mais de 2,5 milhões de pessoas com ela em atraso, ou seja, com mais de quatro meses desde a segunda dose ou dose única. Isso representa que três a cada 10 pessoas que fizeram a segunda dose ou dose única não voltaram no prazo para o reforço.

Se todas essas que estão em atraso já tivessem feito a dose, a porcentagem da população gaúcha com dose de reforço passaria dos atuais 31% para 53%.