Fronteira Oeste

Primo de enfermeira encontrada morta em Alegrete é preso

Um mandado de prisão temporária de 30 dias foi cumprido nesta quinta-feira contra o investigado.

A Polícia Civil confirmou a prisão de um primo da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, 40 anos, encontrada morta no dia 6 de julho. Um mandado de prisão temporária de 30 dias foi cumprido nesta quinta-feira (13) contra o homem, que é investigado.

O nome do preso, que tem 30 anos, não foi informado pela Polícia Civil. Ele era alvo de uma cobrança judicial de Priscila por causa do pagamento das parcelas de um imóvel que não teriam sido realizadas. O indivíduo foi um dos comunicantes do desaparecimento.

Priscila Leonardi chegou ao Brasil no dia 1° de junho e pretendia ficar um mês no Estado. Ela vivia e trabalhava em Dublin, na Irlanda, desde 2019, era filha única e solteira.

A enfermeira foi vista pela última vez na noite de 19 de junho, quando entrou em um carro de um suposto motorista de aplicativo. Ela deixou a casa do primo – o homem que foi preso hoje –, no bairro Vila Nova e pretendia seguir para a residência de uma prima, que mora no bairro Cidade Alta.

O caso é investigado desde 20 de junho como homicídio, mas segue em sigilo. A motivação do crime não foi informada até o momento. Uma das principais hipóteses é de que o crime tenha sido motivado por causa da partilha da herança que Priscila tinha a receber e que fora deixada pelo seu pai. No entanto, a Polícia Civil não confirma nenhuma linha de investigação para não atrapalhar diligências em andamento.

Encontro do corpo de Priscila

O corpo de Priscila foi localizado às margens do rio Ibirapuitã, em Alegrete. Peritos do IGP (Instituto-Geral de Perícias) removeram o cadáver e o encaminharam para o PML (Posto Médico Legal). O reconhecimento foi realizado por familiares na manhã desta sexta-feira.

Uma necropsia foi realizada. O laudo com a causa da morte deve ser concluído em até 30 dias e remetido à Polícia Civil, que estava investigando o desaparecimento.

Análise preliminar, no entanto, apontou indícios que o corpo de Priscila apresentava lesões que podem ter sido causadas por espancamento. Também haviam indícios que uma fita teria sido enrolada no pescoço da vítima, o que pode indicar que ela foi estrangulada.

Os peritos não conseguiram realizar coletas que pudessem indicar um possível crime sexual.