PF fecha laboratório que falsificava notas de dinheiro no Rio Grande do Sul

Dois integrantes do grupo foram presos em flagrante. Entre eles está um médico, que vendia as notas falsas e as enviava pelos Correios.

A PF (Polícia Federal) deflagrou hoje (29) a Operação Pirita, com o objetivo de desmantelar um laboratório gráfico que falsificava notas de real. Dois criminosos foram presos em flagrante. Também estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em diferentes regiões do Rio Grande do Sul: três em Cruz Alta, um em Canela, um em Torres e um em Três Coroas.

Uma das prisões ocorreu em Três Coroas, onde foi capturado o líder da quadrilha. Em Torres, no Litoral Norte, foi preso um médico. De acordo com a PF, ele negociava a venda das réplicas por redes sociais e enviava notas falsas pelos Correios.

As investigações demonstraram que a organização criminosa utilizava maquinário diversificado e várias técnicas gráficas para produzir o dinheiro falso. As réplicas simulavam os itens de segurança das cédulas verdadeiras de real. Durante a ação de hoje, grande quantidade de material usado para a falsificação de moeda, como papéis, impressoras, tintas e equipamento gráfico foram apreendidos.

De acordo com a corporação, nos últimos quatro anos, a organização colocou no meio circulante brasileiro milhares de cédulas falsas. “Já foram identificadas, apreendidas e retiradas de circulação mais de 28 mil cédulas que teriam sido produzidas pelo grupo, entre notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100. As cédulas falsas, se somadas, atingem o valor de face de quase R$ 2 milhões”, diz comunicado da PF.

“Na ação de hoje, foi apreendida grande quantidade de aparatos para a falsificação de moeda, como papéis, impressoras, tintas, equipamento gráfico variado e material de acabamento; além de novas cédulas falsas prontas e outras em fase de confecção que ainda serão periciadas pela PF. Além da manutenção do próprio laboratório, há comprovação de que a organização criminosa realizava a venda das cédulas falsas, via redes sociais”, acrescentou a corporação.

Conforme a PF, os investigados, responderão pelos crimes de moeda falsa, cuja pena é de 3 a 12 anos de reclusão e pelo delito de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão.

Nome é alusão a calote

O nome da operação faz alusão ao mineral semelhante a ouro utilizado para enganar desde a antiguidade. A pirita é um composto metálico, derivado do ferro, que não tem as propriedades do ouro.