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Parabólica: saiba o que fazer para não ficar sem sinal de TV

A interferência pode acontecer porque a tecnologia 5G opera na mesma frequência da Banda C, ocupada pelo sinal de TV aberta da parabólica tradicional.

Foto: divulgação/Siga Antenado

Com a ativação do 5G em diversas cidades do Brasil, as famílias que utilizam a parabólica tradicional para assistir à televisão podem identificar algum tipo de interferência nas imagens do aparelho, como chuviscos, imagens travadas e até a interrupção permanente da transmissão.

A interferência pode acontecer porque a tecnologia 5G opera na mesma frequência da Banda C, ocupada pelo sinal de TV aberta da parabólica tradicional.

A estudante universitária Júlia Moroni, 19 anos, moradora de Farroupilha, Região Serra do Rio Grande do Sul, se preocupou em fazer a troca da parabólica de casa quando esta começou a dar sinais de mau funcionamento.

“Quando a imagem começou a ter interferências, lembrei que havia ouvido sobre a troca gratuita em um jornal da televisão. Conversei com a minha mãe sobre o assunto e solicitamos a troca”, ressaltou.

Ela também explica que a imagem da televisão melhorou e que, desde a troca, o sinal da antena nunca mais falhou. Além disso, a antena tradicional tinha apenas um canal regional disponível. Já a nova, conta com quatro canais regionais, que transmitem os telejornais e outras programações locais.

Kits gratuitos

Trata-se de um benefício destinado a famílias de baixa renda inscritas em programas sociais do governo federal e que tenham a antena parabólica tradicional em pleno funcionamento.

Para agendar, basta acessar o site da Siga Antenado, entidade responsável por apoiar a população durante a migração do sinal de TV, ou ligar para 0800 729 2404. A instalação é gratuita.

A entidade está preparada para apoiar a população que utiliza parabólicas tradicionais na identificação e solução das possíveis interferências.

Quem perceber algum indício de interferência no sinal aberto de TV da parabólica tradicional que tenha surgido após a ativação do sinal do 5G, deve entrar em contato com a entidade.

No Estado

Na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul, Canoas e Porto Alegre são as cidades com maior número de antenas gratuitas disponíveis para famílias de baixa renda, com 1,5 mil kits previstos para cada uma dessas localidades.

Na sequência, estão: Gravataí (1,2 mil), Novo Hamburgo (1,2 mil), Viamão (1,1 mil), São Leopoldo (1 mil) e Alvorada (898). Na lista, estão, ainda, mais 27 municípios da região.

Na Serra, Caxias do Sul e Farroupilha são as cidades com maior número de famílias que devem ser atendidas na região, com 13,6 mil e 1,9 mil kits disponíveis, respectivamente. Na sequência, entre os municípios da Serra, estão: Flores da Cunha (821) e São Marcos (625).

Já na terceira fase do programa, mais 26 novas cidades estão com as instalações gratuitas disponíveis. Em Pelotas e Rio Grande, 10,6 mil e 6,2 mil famílias, respectivamente, podem ter direito à instalação do kit gratuito.

Na sequência, estão: Santa Maria (5,7 mil), Uruguaiana (3,4 mil), Gramado (1 mil) e São José do Norte (820) e mais 20 cidades.

As famílias que utilizam outros sistemas de transmissão para assistir televisão, como antena digital tipo espinha de peixe (instalada no telhado da casa), antena digital interna e TV por assinatura, mesmo que beneficiárias de programas sociais, não precisam fazer a troca.

Novos canais

Até o momento, mais de 100 canais estão operando na nova frequência (Banda Ku), mas a expectativa é que, nos próximos meses, o número aumente, garantindo mais informação e entretenimento para os usuários.

Entre as novidades, dezenas de emissoras de TV e estações de rádio deixam a programação diversificada, com informação, entretenimento, desenhos, filmes, séries e programas religiosos.

Além disso, várias regiões ganharam programação local, que deve ficar ainda mais robusta com o passar dos meses.