H5N1 NO TAIM

Exame laboratorial descarta caso de gripe aviária em humano no Taim

Servidor do Instituto Chico Mendes tinha tido exposição a ave migratória identificada com a doença e apresentou sintomas gripais.

Crédito: SEAPI / Divulgação

A SES (Secretaria Estadual da Saúde) descartou, por meio de exame laboratorial, o caso suspeito de gripe aviária em um servidor do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). O servidor teve contato com a ave silvestre encontrada morta com a doença na Reserva Ecológica do Taim, no sul do Estado. Na segunda-feira (29), foi confirmada a existência de um foco de Influenza Aviária na região.

A doença foi detectada em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar. A partir da confirmação, todas as pessoas que tiveram contato com o animal contaminado foram testadas.

O servidor do instituto apresentou sintomas gripais e passou a ficar em isolamento, enquanto uma amostra dele foi enviada para análise no laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Um colega dele, mesmo sem apresentar sintomas – e por isso não chegou a ser considerado suspeito –, também teve amostra coletada e a análise, novamente, deu resultado negativo.

Definição de caso suspeito

Para que um caso seja considerado suspeito é preciso que haja necessariamente evidências clínicas (sintomas) e evidências epidemiológicas, como contato próximo a outro caso suspeito, provável ou confirmado; contato com animal infectado ou exposição a animal ou seus restos mortais contaminados.

Casos de gripe aviária em humanos são, até o momento, raros. Segundo a Organização Mundial de Saúde, nos últimos 20 anos, são 468 casos confirmados, com 282 óbitos entre eles. Neste ano (até 24 de abril), foram quatro casos confirmados em todo o mundo (no Camboja, Chile e China).

Transmissão

O vírus da Influenza Aviária não infecta facilmente humanos e, de modo geral, a transmissão de pessoa a pessoa não é sustentada. Contudo, há o risco de ocorrência de casos humanos.

Não há evidências de que a doença possa ser transmitida às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos.

A transmissão ocorre por meio de aerossóis ou secreções (respiratórias, fezes, fluidos corporais) de aves infectadas, e pode ocorrer por contato direto ou indireto – por meio de fômites ou do meio ambiente.

Prevenção e controle

Considerando que a forma de transmissão primária de influenza aviária para humanos se dá pelo contato direto ou indireto com aves infectadas ou suas excretas e secreções, as principais medidas de prevenção ao contágio dizem respeito à restrição desse contato.

Orientações

  • Comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres.
  • Não manipular nem recolher aves ou animais silvestres mortos ou moribundos, que sejam encontrados ou não em ambientes silvestres.
  • Evitar manipular e recolher aves ou animais mortos ou moribundos na propriedade ou no entorno dela. Se o manejo foi inevitável, deve-se utilizar Equipamentos de Proteção Individual.
  • As suspeitas devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, pela Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou através do WhatsApp (51) 98445-2033.