Defesa de Leandro Boldrini pede anulação do julgamento do caso Bernardo

Quatro réus no processo criminal foram condenados em março de 2019. Leandro Boldrini foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão.

Será julgado nesta sexta-feira (3) o pedido de anulação do julgamento do Caso Bernardo, referente à morte do menino Bernardo Boldrini, morto em 2014. Quatro réus no processo criminal foram condenados em março de 2019: o pai da criança, Leandro Boldrini (33 anos e 8 meses); a madrasta Graciele Ugulini (34 anos e 7 meses de reclusão); a amiga dela, Edelvania Wirganovicz (22 anos e 10 meses); e seu irmão, Evandro Wirganovicz (9 anos e 6 meses).

O pedido de nulidade do julgamento foi impetrado pelos defensores do pai, Leandro Boldrini. Eles alegam que houve violação do direito de permanecer em silêncio. Segundo a defesa a decisão dos jurados também contrariou a prova dos autos do processo. Já a defesa de Graciele Ugulini, madrastra do menino Bernardo, pede a redução de pena. Para os advogados, o julgamento não considerou a confissão da ré.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul se posicionou contra os dois pedidos. O julgamento será realizado pelo 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Ainda não há previsão de quando sairá o resultado.

Em agosto de 2020, a 1ª Câmara Criminal do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) negou recursos interpostos pelos réus condenados pela morte de Bernardo Boldrini.

Como foi o crime, de acordo com o MP

Conforme denúncia do MP-RS, o crime ocorreu em 4 de abril de 2014, quando o menino Bernardo Uglioni Boldrini desapareceu, em Três Passos. O corpo da criança, na época com 11 anos de idade, foi encontrado 10 dias depois, em uma cova, à beira de um riacho em Frederico Westphalen.

As investigações rapidamente apontaram suspeitos. O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram apontados pela polícia pela morte, ocultação do cadáver e mentiras realizadas durante a investigação. Por conta disso, respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.