Chefe de infectologia do Clínicas diz que não há como recomendar a volta às aulas no RS

Sprinz alertou que a Covid-19 é a infecção via respiratória mais contagiosa que se conhece e recomendou a continuidade do distanciamento.

A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, reuniu-se em ambiente virtual nesta terça-feira (27), para tratar sobre a volta às aulas do Rio Grande do Sul.

O chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Eduardo Sprinz, respondeu perguntas relacionadas ao retorno das aulas presenciais no Estado.

Salientando que ainda pouco se sabe sobre a infecção pela Covid-19, Sprinz afirmou que, do ponto de vista médico, não há como recomendar a volta às aulas no Rio Grande do Sul.

O médico disse também que não foi dada condições de resguardo necessários para as comunidades e que é preciso elaborar uma estratégia de redução de casos em vulneráveis.

Sprinz alertou que a Covid-19 é a infecção via respiratória mais contagiosa que se conhece e recomendou a continuidade do distanciamento. “O uso contínuo de máscara e a limpeza das mãos ou o uso do álcool gel.”

Ele destacou também que ambientes fechados aumentam o risco de contaminação.

Segunda onda

Perguntado sobre a possibilidade de uma segunda onda atingir o Estado, o médico respondeu que não dá para falar em segunda onda se a primeira ainda não terminou.

Conforme ele, apenas a aplicação de vacina pode interromper o ciclo epidêmico. Sprinz falou ainda a respeito dos estudos e pesquisas sobre vacina realizados no Brasil e especificamente em Porto Alegre.

Para o médico, o País possui tecnologia suficiente para, no próximo semestre, apresentar uma vacina que possa dar proteção com segurança.