A Câmara de Vereadores de Canguçu, na Região Sul do Rio Grande do Sul, rejeitou, nesta quarta-feira (30), o pedido de cassação contra o vereador Francisco Vilela (Progressistas). O relatório votado foi elaborado por uma comissão que recomendava a perda do mandato.
A votação terminou com nove votos a favor da cassação e seis contra. No entanto, eram necessários 10 votos para Vilela perder o mandato. A comissão acabou encerrada.
O caso ocorreu no último dia 5 de junho. A sessão debatia um projeto que trocava, na esfera municipal, a nomenclatura do cargo de auxiliar de enfermagem para técnico.
Vilela se referiu a uma servidora, presente no local, com as palavras “neguinha, puta”. Também cerca de 20 profissionais da prefeitura estavam na plateia.
Após ser constatada a fala do vereador, a servidora registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Canguçu. No dia 7 de junho, foi instaurado um inquérito para investigar a fala do vereador.
À época, a investigação iniciou apuração por injúria racial, que, a partir deste ano, foi equiparada na legislação brasileira ao crime de racismo. Depois, ele viria a ser indiciado e, por fim, denunciado pelo MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul).