Distrito Federal - Os advogados do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, apresentaram um pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o ministro Alexandre de Moraes seja declarado suspeito para julgar a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no final do governo Jair Bolsonaro.
Braga Netto e outras 32 pessoas, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, foram denunciadas por crimes como tentativa de golpe e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-ministro teria um papel central na articulação da trama.
Acusações contra Braga Netto
De acordo com a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, Braga Netto teria fornecido dinheiro para o suposto plano e chegou a organizar uma reunião em sua residência para tratar do tema.
A defesa alega que Alexandre de Moraes seria um alvo direto do complô, o que, segundo os advogados, comprometeria sua imparcialidade no julgamento da denúncia apresentada pela PGR.
O pedido de suspeição será analisado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que pode decidir se redistribui o caso. Caso seja negado, a defesa ainda pode recorrer para julgamento colegiado.
Braga Netto segue preso
O general está em prisão preventiva desde 14 de dezembro, após a Polícia Federal indicar que ele teria tentado obstruir as investigações sobre a suposta trama golpista.