Cotidiano

Vendas do comércio do Rio caem por sete meses consecutivos

As vendas do comércio lojista da capital fluminense tiveram, em julho, a sétima queda consecutiva este ano. A retração atingiu 5,3% em comparação a igual mês do ano passado. No acumulado janeiro-julho de 2018, as vendas caíram 4,7%, ante o mesmo perí...

As vendas do comércio lojista da capital fluminense tiveram, em julho, a sétima queda consecutiva este ano. A retração atingiu 5,3% em comparação a igual mês do ano passado. No acumulado janeiro-julho de 2018, as vendas caíram 4,7%, ante o mesmo período de 2017. Os números constam da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada hoje (23) pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio). Foram ouvidos 500 estabelecimentos comerciais cariocas.

Na avaliação do presidente da entidade, Aldo Gonçalves, o resultado negativo das vendas reflete o momento difícil que o Rio de Janeiro está vivendo. “A situação econômica do país está com melhora mas, infelizmente, o Rio de Janeiro, por uma série de fatores específicos do estado, está vivendo um momento difícil. O funcionalismo público está recebendo com atraso; o índice de desemprego no estado do Rio é o pior do Brasil; há o problema da desordem urbana, com os camelôs, além da violência e falta de segurança. Tudo isso somado está prejudicando bastante o comércio do Rio”, elencou Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com a pesquisa, todos os setores do ramo mole (bens não duráveis) e do ramo duro (bens duráveis) tiveram resultados negativos. As maiores quedas de faturamento foram apresentadas, respectivamente, pelos segmentos de tecidos (-9,3%) e óticas (-10,1%).

Cheques devolvidos

Nos primeiros sete meses deste ano, mais de 20 mil cheques foram devolvidos no comércio do Rio, por falta de fundos; aumento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse foi o segundo maior percentual de devolução de cheques registrado pelo CDL Rio. Perdeu somente para o acumulado janeiro-agosto de 2017, quando foram devolvidos 24 mil cheques, mais 1,4% sobre igual período de 2016.

As dívidas quitadas, que mostram o número de consumidores que colocaram suas dívidas em dia, diminuíram 2,8% de janeiro a julho. Em relação à inadimplência, houve aumento de 1,2% no acumulado dos sete primeiros meses em comparação ao mesmo período do ano passado. Em julho, a inadimplência subiu 1,3%, em relação ao mês anterior. De acordo com o Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio, esse é o maior índice deste ano.