Cotidiano

Turquia revistará consulado saudita no caso de jornalista desaparecido

As autoridades da Turquia devem realizar hoje (15) uma revista na sede do consulado da Arábia Saudita, em Istambul. A revista faz parte da investigação sobre o desaparecimento do jornalista dissidente saudita Jamal Khashoggi. As informações são da a...

As autoridades da Turquia devem realizar hoje (15) uma revista na sede do consulado da Arábia Saudita, em Istambul. A revista faz parte da investigação sobre o desaparecimento do jornalista dissidente saudita Jamal Khashoggi.

As informações são da agência de notícias turca Anadolu. As buscas no edifício serão feitas de forma “conjunta” com uma delegação saudita, acrescentou a agência oficial turca.

A decisão foi tomada depois que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o rei saudita, Salman bin Abdulaziz, conversaram por telefone ontem (14) à noite. Na conversa, Erdogan ressaltou a importância de uma investigação conjunta do ocorrido no dia 2 de outubro quando o jornalista desapareceu durante uma visita ao consulado saudita.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia solicitou há uma semana permissão às autoridades sauditas para efetuar uma revista no consulado e anunciou na terça-feira (9) que tinha obtido a autorização e investigaria o recinto.

No entanto, até hoje, os especialistas turcos não tiveram acesso ao consulado e, segundo o jornal pró-governo turco Sabah, a demora se deve ao fato de que Riad só permitiria uma inspeção visual, enquanto a equipe turca insiste em utilizar produtos químicos que podem revelar vestígios de sangue.

A imprensa turca divulgou diferentes hipóteses segundo as quais Khashoggi, um jornalista saudita crítico com a monarquia de seu país, foi assassinado no consulado, ao qual compareceu para realizar procedimentos de rotina.

Hoje (15) mesmo, um jornal turco especulou que seu corpo poderia ter sido dissolvido em ácido, mas também circularam rumores de que o jornalista teria sido esquartejado e retirado do país em malas.

O governo turco não se pronunciou oficialmente sobre a possibilidade de um assassinato cometido na sede diplomática e só prometeu investigar o caso.

* Com informações da Agência EFE.