H5N1

Seapi vistoria quase 700 propriedades rurais após caso de gripe aviária

Último foco da doença foi encontrado em Rio Pardo no dia 11 de fevereiro

Foto: Fernando Dias

Equipes da Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) realizam ações de vigilância em propriedades rurais na região do município de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo. Lá é onde foi encontrado o último foco de gripe aviária, a Influenza H5N1.

Após a observação de 1.029 aves, foram realizadas cinco coletas em criações de subsistência, com três laudos negativos e dois ainda à espera do resultado. Também ocorre checagem de medidas de biosseguridade nas granjas e são promovidas ações de educação sanitária, que chegaram a 1.245 pessoas, segundo a Secretaria.

Nesta segunda-feira (19), foram concluídas ações de vigilância em propriedades localizadas em um raio de cinco quilômetros a partir do último foco confirmado. Esta foi chamada de zona 1 de vigilância e compreende 616 propriedades. A zona 2 compreende um raio de 10 km e deve ser concluída nesta terça (20). Ao todo, 699 propriedades serão vistoriadas ao fim do processo.

Primeiro foco

O primeiro foco da doença em 2024 no RS foi confirmado no último domingo (11). O vírus foi encontrado em duas aves silvestres da espécie caraúna encontradas mortas dentro de um açude em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo.

Na ocasião, a Seapi disse que a notificação não afeta o status sanitário do estado e do país, tampouco impacta o comércio de produtos avícolas. Não há risco ao consumo de carne e ovos, pois estes não são via de transmissão da doença.

A Gripe aviária (Informação do Ministério da Saúde)

A Influenza Aviária é uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos. De acordo com a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), desde o ano de 2022 observa-se surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves domésticas, aves e mamíferos silvestres em diversos países da região das Américas como Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, Uruguai, Venezuela e, mais recentemente, no Brasil. O vírus influenza subtipo A(H5N1) é predominante nesses surtos e é a primeira vez que se nota uma persistência na ocorrência dos casos nas aves, e de forma prolongada.

Sempre que os vírus da influenza aviária circulam entre aves, existe o risco de ocorrência esporádica de casos humanos pela exposição a aves infectadas ou ambientes contaminados. Assim, o controle da doença em animais é uma medida essencial para reduzir o risco ao ser humano e ao ambiente, sendo fundamental que as vigilâncias animal e humana atuem em constante comunicação, trabalhando de forma coordenada e se fortalecendo mutuamente. Até o momento, dentro do que foi observado no mundo, o vírus da influenza aviária não infecta humanos com facilidade e, quando ocorre, geralmente a transmissão de pessoa a pessoa não é sustentada.