Com representantes de todos os ministérios, o presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, abriu, pouco depois das 9h, a reunião sobre a tragédia ocorrida há quatro dias em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. A Barragem Mina Córrego do Feijão se rompeu, deixando, de acordo com último balanço, 65 mortos, 279 pessoas desaparecidas e 135 desabrigados.
Mourão tem defendido a atualização de normas que regem o licenciamento e a fiscalização desses empreendimentos. “Há falhas”, declarou o presidente em exercício.
O desastre em Minas Gerais levou o governo a unir esforços em torno da mudança na política criada em 2010 para garantir padrões de segurança de barragens, reduzir a possibilidade de acidentes e regulamentar as ações e padrões de segurança. Essas mudanças devem estar no centro das conversas dos ministros, reunidos no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Desde o rompimento da barragem, o governo instalou um babinete de crise que tem analisado a situação. Nesta terça-feira (29), duas resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União. Uma mantém o grau de prioridade de apoio às autoridades mineiras que atuam em Brumadinho. Em outro texto, recomenda aos órgãos reguladores que fiscalizem, nos estados, todas as barragens e destaquem os empreendimentos que apresentem qualquer ameaça à vida humana.