ENTRADA GRATUITA

MARGS apresenta lançamento de álbum e performance em encerramento de exposição

Artistas e curadores exploram a interação da música com as artes visuais e cênicas

Camila Vergara – Foto: Caio Amon

O MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), instituição vinculada à Sedac (Secretaria de Estado da Cultura), em parceria com o Instituto Cultural Torus, apresentará o lançamento do álbum “Sete Infinitudes”, do compositor Caio Amon, e a performance “Abissal”, da bailarina Camila Vergara.

O evento acontecerá no próximo sábado (9), às 15h, nas Salas Negras do 1º andar do MARGS. A entrada é gratuita e não é necessário fazer inscrição prévia. O MARGS fica na Praça da Alfândega, s/n°, no Centro Histórico de Porto Alegre.

Essa atividade faz parte da programação pública da exposição “Trindade do Tempo – ou, um Torus”, com curadoria do duo de artistas Ío (Laura Cattani e Munir Klamt), marcando o encerramento da exposição, que permanecerá em exibição até domingo, dia 10 de março.

O álbum “Sete Infinitudes” foi desenvolvido por Caio Amon em colaboração com a Ío em 2021, como parte do projeto virtual e coletivo “Tempo como Verbo”, realizado pelo Instituto Cultural Torus durante a pandemia e as leis emergenciais voltadas ao setor cultural, reunindo diversos artistas cujas obras depois foram incorporadas ao acervo do MARGS.

Durante o evento, a bailarina Camila Vergara irá apresentar a performance “Abissal”, sincronizada com a execução do álbum. A música de Caio Amon se relaciona com a série de fotografias “Trindade do Tempo” da Ío, que fez parte do projeto “Tempo como Verbo”. Atualmente, integrando o acervo do MARGS, o trabalho serve como base para o projeto curatorial dos artistas na exposição “Trindade do Tempo – ou, um Torus” nas Salas Negras do MARGS. Uma das faixas do álbum inclusive recebe o nome da série.

Segundo os artistas, as músicas deste álbum representam a fronteira entre o inanimado e a vitalidade da vida. O trabalho de Caio Amon é uma homenagem a locais e momentos em que a história da vida, cultura e arte se entrelaçam, moldando nossa identidade humana. Desde a travessia do Atlântico até as fontes hidrotermais no fundo do oceano, cada uma das sete faixas evoca e recria cenários, como uma casa em Leipzig no século XVIII.

Artistas e Curadores 

Munir Klamt, Laura Cattani e Caio Amon – Foto: Tiago Gasperin

Caio Amon (Porto Alegre, 1982) é um compositor e realizador audiovisual que explora a interação da música com mídias visuais e cênicas. Ele combina composição musical com direção e montagem cinematográficas em projetos de espetáculos, video-dança, clipes musicais e documentários sobre arte. Com formação em diferentes instituições, como o Conservatório de Amsterdã e o Musicians Institute de Los Angeles, Caio Amon foi reconhecido com prêmios e participações em diversos festivais. Atualmente, é mestrando em Composição na UFRGS, pesquisando o processo criativo da música em contextos multimídia.

Camila Vergara (Porto Alegre, 1993) é uma artista do movimento, diretora, professora de dança e produtora cultural. Com formação em Teatro e Mestrado em improvisação e criação em dança, ela é cofundadora do grupo Máscara EnCena e tem trabalhado como diretora e coreógrafa em diversas criações em dança. Seu engajamento na cena artística inclui prêmios e reconhecimentos por seus trabalhos, como o Prêmio Best Performance no Experimental, Dance & Music Film Festival (Canadá).

Ío (Porto Alegre, 2003) é o pseudônimo do duo de artistas Laura Cattani e Munir Klamt. Suas obras, que abrangem diversas áreas e são expressas por meio de desenhos, fotografias, vídeos e instalações, já foram expostas em vários países e estão presentes em importantes coleções e acervos de arte.

Laura Cattani (Les Lilas/França, 1980) e Munir Klamt (Porto Alegre/RS, 1970) são artistas, curadores e pesquisadores com extensa formação acadêmica e atuação no meio artístico. Ambos têm mestrado e doutorado em Poéticas Visuais, além de pós-doutorado, e já foram reconhecidos com prêmios e bolsas de pesquisa. Laura atuou como curadora adjunta da 13a Bienal do Mercosul, enquanto munir coordenou projetos de pesquisa e extensão em diferentes universidades. Ambos têm contribuições significativas para o cenário artístico nacional e internacional.