A cada ano o Carnaval do Rio de Janeiro vem ganhando força e atraindo foliões de todas as partes do Brasil e do mundo. Somente neste domingo, segundo estimativas da prefeitura da cidade, mais de 1 milhão foliões foram às ruas brincar o Carnaval em mais de 60 blocos que saíram em bairros de norte a sul da cidade.
Na avaliação da prefeitura, o Carnaval vem “quebrando sucessivos recordes de público” nos blocos de rua. O Bloco Areia, por exemplor, que saiu pelas ruas do Leblon, atraiu 326 mil foliões contra cerca de 80 mil, no ano passado – um aumento de mais de 400%. Outro exemplo é o Carrossel de Emoções que atraiu, em 2019, 280 mil foliões – dez vezes mais do que em 2018, quando 28 mil pessoas acompanharam o bloco.
O sucesso do Carnaval do Rio fez com que a cidade se tornasse o terceiro destino mais procurado do Airbnb – serviço comunitário de hospedagem online –, no período de 1 a 6 de março, atrás apenas de Londres e Paris. A renda gerada com a modalidade de hospedagem ultrapassa os R$ 30 milhões.
Entre os mais de 60 blocos que saíram neste domingo, destaque também para o Bangalafumenga que se apresentou próximo ao Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, e atraiu cerca de 100 mil pessoas.
Os tradicionais blocos Toca Raul e Cordão do Boitatá também saíram neste domingo. Clique para acessar a galeria de fotos.
Saúde
Nos quatro postos de saúde montados pela Prefeitura para atender aos foliões nos blocos com maior concentração foram realizados 54 atendimentos, no domingo. Deste total, apenas um paciente precisou ser transferido para um hospital da rede municipal de Saúde. Desde o início do Carnaval já foram realizados 284 atendimentos nas unidades montadas para o Carnaval de rua, com 30 remoções.
A operação especial de atendimento para o Carnaval contempla ainda mais sete postos montados no Sambódromo para os desfiles das escolas de samba. Durante os dois dias de festa na Sapucaí, foram 408 atendimentos médicos: 154 na primeira noite e mais 254 na segunda noite de desfiles. O consolidado é menor que os dois primeiros dias de Carnaval do ano passado, quando foram realizados 524 atendimentos médicos.
Os casos mais comuns atendidos nos postos são mal estar por causa do calor, picos de hipertensão, torções e intoxicação exógena (por álcool ou outras drogas). No segundo dia de desfiles, seis pacientes, com quadros mais graves, tiveram que ser transferidos para hospitais ou unidades de pronto atendimento da rede municipal – 18 nos dois dias de apresentação.
Vigilância Sanitária
Para não estragar o carnaval dos cariocas, a Vigilância Sanitária da Prefeitura do Rio segue atuando firme na Marquês de Sapucaí, Terreirão do Samba e entorno. No segundo dia de trabalho, foram 72 inspeções e dez infrações, com o descarte de 17 quilos de alimentos impróprios ao consumo em dois camarotes.
As fiscalizações fazem parte do planejamento de Carnaval da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, que conta com 115 fiscais atuando diariamente: 60 na Passarela do Samba e entorno e 55 em pontos de folia autorizados, como o desfile da Bangalafumenga neste domingo (3), onde uma equipe vistoria a estrutura dos postos médicos e ambulâncias.
A operação contempla também ações de orientação. Uma delas é a distribuição de folhetos especialmente produzidos para a folia, com dicas de prevenção aos riscos de saúde.