El Niño perde força e RS pode enfrentar novo La Niña a partir do segundo semestre

Esfriamento das águas do Pacífico causa estiagem no Rio Grande do Sul. Situação foi vivida entre meados de 2020 e 2023 no Estado.

Chuva isolada em campo no Rio Grande do Sul.
Chuva isolada em campo no Rio Grande do Sul. Foto: Fernando Dias/Seapdr

O fenômeno El Niño deve seguir perdendo força e reduzindo seus efeitos Rio Grande do Sul nos próximos meses. Os modelos de previsão apontam para um declínio gradual para os próximos três meses. As informações estão no Boletim trimestral do Copaaergs (Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul).

De acordo com o informe, há chance de transição para neutralidade e 60% de probabilidade de formação do fenômeno La Niña no segundo semestre de 2024. Esse outro fenômeno é responsável por um quadro de estiagem, em especial no verão, como o que acometeu o RS entre meados de 2020 e o início de 2023.

Nos próximos três meses – entre abril, maio e junho – o Estado ainda deve ter precipitação pluvial variando de normal a acima da média na maioria das regiões. No período de abril e maio, o ar mais úmido predomina. Entre abril e maio, o ar mais úmido predomina, enquanto que junho pode ser mais seco, exceto na fronteira com o Uruguai. Em maio, a chuva fica mais concentrada no norte do Estado. No entanto, junho pode ser mais seco, exceto na fronteira com o Uruguai.

Novos eventos com tempestades, rajadas de vento forte e queda de granizo podem ocorrer nesse início do Outono, conforme o boletim. Os meses de abril e maio devem ser mais chuvosos que junho. O motivo são a passagem de frentes frias, de ciclones extratropicais e de áreas de instabilidade que se formam especialmente no Oeste do Estado.

Temperaturas no RS

Eventos de frio intenso deve ganhar força gradualmente, especialmente no Oeste e Sul do estado. Em junho, a chance aumenta na maioria das regiões, inclusive com formação de geadas.

Conforme o boletim, as temperaturas devem ficar um pouco acima da média mais ao norte do estado, especialmente na divisa com Santa Catarina. No centro, devem ficar próximas da média. E podem ficar ligeiramente abaixo mais ao sul e oeste. Ou seja, espera-se contraste térmico em função das massas de ar mais quentes que devem predominar no Brasil Central.