Cotidiano

Difusoras de comunicação pública discutem plano de ação

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) sediou, hoje (3), em Brasília, a primeira reunião da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), um grupo que reúne rádios, agências de notícia e emissoras de televisão financiados direta ou indiretamente pelo governo, para difundir informações de interesse da sociedade.

“O evento é uma forma de fazer com que a rede conheça profundamente a EBC. Todos os diretores, de todas as áreas, estão presentes. É uma forma de debater as questões que são de interesse da sociedade e da própria rede, que fica fortalecida com a melhoria da comunicação pública”, explicou o presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira.

A diretora de Jornalismo da empresa, Sirley Batista, reforçou a importância da presença regional das parceiras e o valor das produções de cunho regional, como as festividades de carnaval, festas típicas, e a cobertura jornalística diária. “O jornalismo da EBC é pautado por qualidade e credibilidade. Não há jornalismo imediato, descuidado, com fake news. A ideia é que a população se sinta inserida na nossa programação”, afirmou.

Formada por rádios e televisões universitárias, fundações e por retransmissoras de conteúdo, a RNCP é responsável pela divulgação de parte do conteúdo de comunicação pública produzido pelos veículos da EBC – rádios, TV Brasil e Agência Brasil. A rede é responsável pela estrutura física nos estados e pela produção local de pautas onde a EBC não possui sedes ativas.

A reunião marca a primeira vez em que rádios e televisões públicas são recebidos pela EBC para discutir estratégias e integração de conteúdo no mesmo evento.

Rede Nacional de Comunicação

A rede é formada por 11 emissoras de rádio, 33 emissoras de televisão e demais veículos públicos da EBC. Todas as afiliadas usam conteúdos produzidos pela empresa diariamente em suas grades de programação. Em contrapartida, a empresa auxilia as emissoras em processos de aquisição de concessões públicas (outorgas), dá suporte técnico especializado em teledifusão, radiodifusão e broadcasting (uso de sinais de satélite, antenas e outras estruturas para espalhar a transmissão pelo território nacional), capacitação e cessão de equipamentos, como transmissores e estações de trabalho.

Atualmente, a rede está presente em todas as regiões do país. Mas apenas dez estados possuem transmissoras de rádio e 18 de televisão. Segundo o presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira, a empresa trabalha para ter a cobertura total até 2023. “Nosso objetivo é estar em todas as capitais brasileiras com pelo menos uma emissora de rádio e uma de televisão”.

O evento reuniu 70 representantes de 50 instituições de todas as regiões do país, e de todas as capitais.

Programação diversificada

Produtores de conteúdo regionais, como televisões universitárias, enfrentam grandes barreiras técnicas e orçamentárias, disse Rose Mara Pinheiro, diretora da Agência de Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Segundo Rose, a iniciativa da EBC é um grande passo em direção à modernização da comunicação social do Brasil. “A comunicação pública depende do conteúdo de todas as regiões. Com esse fórum, temos a visão real do que é a EBC, o que ela pode nos oferecer e como podemos servir melhor às nossas comunidades locais”, disse.

A programação infantil da EBC, muito usada pelas emissoras parceiras, também foi tópico de discussão. “Vemos os nossos programas na grade da TV Brasil e é muito gratificante. A parceria fortalece a troca de conteúdo. Conseguimos levar para Minas Gerais a programação infantil fornecida pela EBC, que é de altíssima qualidade, com foco na formação de valores e da inteligência da população infantil”, afirmou a diretora de Programação e Produção da Rede Minas, Marisa Guimarães.