O corpo do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman está sendo velado na Assembleia Legislativa do estado (Alesp). A cerimônia deve ir até as 13h30, quando será transportado para o Cemitério Israelita do Butantã, na zona oeste paulistana, onde ocorrerá o enterro, às 15h.
Goldman morreu no início da tarde de ontem (1º). Ele tinha 81 anos e estava internado desde 19 de agosto no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, após passar mal e ser submetido a uma cirurgia no cérebro. A assessoria de imprensa do político informou que ele foi ao hospital no dia 19 de agosto, como parte do tratamento de um câncer na região cervical, mas passou mal e exames constataram sangramento no cérebro. Foi então submetido a uma cirurgia e permaneceu internado.
Carreira
Goldman exerceu o cargo de governador do estado em 2010, após o então governador José Serra, de quem era vice, deixar o cargo para concorrer à Presidência da República. Durante o período como vice-governador, iniciado em 2007, também acumulou o cargo de Secretário de Desenvolvimento.
Foi eleito deputado federal para seis mandatos, sendo um pelo antigo MDB, três pelo PMDB e dois pelo PSDB. Foi ainda ministro dos Transportes no governo Itamar Franco, entre 1992 e 1993.
Engenheiro civil formado Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), iniciou a carreira política como militante do movimento estudantil, chegando a ser filiado ao PCB, partido clandestino durante a época da ditadura militar. Participou ainda da campanha das Diretas Já, entre 1983 e 1984.
Goldman deixa dois filhos do casamento atual com Deuzeni Trisoglio e três do primeiro casamento, com Sarah Goldman.
O governador João Doria decretou luto oficial de três dias no estado.