O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,5 ponto em setembro e passou para 87,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A queda ocorreu depois de três meses de altas consecutivas, que acumularam crescimento de 6,9 pontos na confiança no período.
O indicador caiu devido à piora das perspectivas do empresariado em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas recuou 0,9 ponto e chegou a 97 pontos.
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, se manteve estável no patamar de 77,6 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade do setor recuou 0,2 ponto percentual, para 69,4%, depois de cinco meses de altas.
Segundo a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo, a queda da confiança em setembro foi influenciada pelo ritmo lento da recuperação e as incertezas que o cercam. Mas, para ela, o “resultado não altera o sinal positivo no terceiro trimestre, que foi marcado por uma redução do pessimismo no período mas a percepção das empresas se mantém bastante suscetível às notícias sobre contingenciamento dos recursos do orçamento federal e às dificuldades fiscais que vêm reduzindo sobremaneira a capacidade de investir dos entes públicos”.