Cotidiano

Bombas de drenagem da Prefeitura de Porto Alegre são apreendidas em terceirizadas do DEP

O Ministério Público e a Polícia Civil deflagraram nesta quarta-feira (22) a segunda fase da Operação Tormenta, para investigar suspeitas de fraude no DEP (Departamento de Esgotos Pluviais). Na ação, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão de duas bombas do Departamento que estavam com duas empresas de Porto Alegre.

Uma dessas empresas, a Imbil, era formalmente contratada e realizou serviços diversos do contratado. Porém, na inspeção realizada pela Prefeitura da Capital, foram identificados contratos em sobreposição com outra empresa, a REF Manutenção e Locação.

O contrato com a segunda firma teria sido determinado por exigência de integrantes do DEP, gerando um quadro caótico na prestação de serviços. Dentro desse quadro, acabaram “sobrando” na posse dessa empresa contratada duas bombas e dois motores de casas de máquinas de escoamento do DEP.

Os bens públicos estão em condições de funcionamento e poderiam estar desempenhando suas funções de evitar alagamentos em Porto Alegre. O mais estranho desta história ainda está por vir: os policiais encontraram uma das bombas em uma terceira empresa, não contratada pelo DEP, a qual alocou parte desses bens pois não existiria “espaço físico” na empresa contratada para guardar tais bens públicos.

As investigações terão prosseguimento nos próximos dias. O MP e a Polícia querem saber o motivo pelo qual as duas empresas foram contratadas para fazerem as mesmas coisas. A empresa REF se defendeu afirmando que esperava uma ordem do DEP para colocar as bombas nos seus respectivos lugares.

DEP sob investigação por suspeita de fraude

O DEP já foi investigado na primeira edição da Operação Tormenta por suspeita de crimes contra a administração pública, superfaturamento, fraudes em licitações, entre outros. Conforme a Polícia Civil, uma terceirizada contratada pelo Departamento seria de fachada e teria subcontratado outra empresa.

A Ambiental BR executava os serviços de jateamento das redes pluviais para a JB Comércio e Serviços Ambientais, que havia firmado contrato com o DEP. Porém, nenhuma empresa funcionava nos endereços declarados nos contratos. O caso segue sendo investigado.

Também é investigado o contrato com a JD Construções, que, segundo as investigações, fraudava dados sobre o número de bocas de lobo limpas. O custo a mais da fraude chegaria perto de R$ 1 milhão aos cofres da Prefeitura.

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