O grupo de apoiadores de Juan Guaidó que invadiu, na madrugada de hoje (13), a Emabaixada da Venezuela em Brasília, deixou o local, por volta das 17h30. Os apoiadores de Guaidó, que faz oposição ao governo de Nicolas Maduro, pediam que a embaixadora e a equipe diplomática indicada por Guaidó para a representação no Brasil assumissem de fato suas funções na embaixada.
Diante da situação, apoiadores de Nicolás Maduro dirigiram-se à embaixada para acompanhar de perto a situação. Alguns políticos também foram ao local para intermediar as negociações, bem como o coordenador-geral de Privilégios e Imunidades do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Maurício Correia.
No início da tarde, o presidente Bolsonaro se manifestou pelas redes sociais e repudiou a interferência de atores externos no conflito do país vizinho.
Entenda o caso
A situação política na Venezuela se agravou após a eleição de Maduro para um novo mandato, que é contestada pela comunidade internacional. Ele tormou posse, em 10 de janeiro, perante a Suprema Corte. Para o Brasil, o Grupo de Lima (que reúne 14 países) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) o mandato de Maduro é ilegítimo. Em 23 de janeiro Juan Guaidó se autoproclamou presidente do país. O Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer Guaidó como líder do país.
Em fevereiro, Guaidó indicou Maria Teresa Belandria como representante da Venezuela no Brasil. Em junho, o presidente Bolsonaro recebeu as credenciais da representante. A embaixadora e sua equipe, no entanto, não assumiu a representação física da Embaixada.
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