Cotidiano

Ao menos 117 suspeitos de participar de ataques no CE foram presos

Ao menos 37 suspeitos de participar da onda de ataques criminosos registrados no Ceará nos últimos dias foram detidos pela Polícia Civil desde a noite de ontem (26). Com isso, chegou a 117 o número de adultos detidos e adolescentes apreendidos por suposto envolvimento nas ações criminosas registradas nos últimos oito dias, em diferentes cidades cearenses.

Esta manhã, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social deflagou a Operação Contra-Ataque, que envolveu mais de 120 policiais civis. Segundo a secretaria, vários mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em todo o estado. Os alvos são pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa envolvida em homicídios e outros crimes.

Em nota, a secretaria garantiu que as forças de segurança continuam mobilizadas para evitar novos delitos. Entre o dia 20 e a manhã de hoje (27), foram registrados ao menos 89 ataques criminosos a prédios públicos, ônibus e veículos particulares.

Ontem, o governador Camilo Santana disse que vem mantendo contato com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e que chegou a conversar por telefone com o presidente Jair Bolsonaro sobre a situação no estado. Também nessa quinta-feira, a Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriram 15 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Torre, durante a qual, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, um dos fundadores de uma organização criminosa que atua no estado foi identificado e preso.

Ainda de acordo com a secretaria estadual, o objetivo da Operação Torre era desarticular lideranças da organização criminosa responsável por ordenar e executar os ataques às torres de transmissão de energia elétrica e prédios públicos registrados em abril deste ano, na Região Metropolitana de Fortaleza, bem como desta última onda de crimes orquestrados. Segundo as investigações, nas duas ocasiões, as ordens para os ataques partiram de dentro de unidades prisionais cearenses.

No início da semana, o governo estadual autorizou a suspensão das férias dos policiais e a realização de mais horas-extras por todos os policiais interessados até que os ataques cessem. O governo cearense também determinou que todos os agentes de segurança que estão prestando serviços administrativos sejam colocados para patrulhar as ruas. Além disso, mais de 400 internos do sistema prisional foram transferidos de unidades prisionais até o fim da tarde dessa quinta-feira. A medida foi adotada para isolar os líderes do grupo criminoso e dificultar a comunicação.