Cotidiano

Andressa Alves elogia concorrência no meio-campo da seleção feminina

Andressa Alves é uma das atletas mais experientes no elenco convocado pela técnica Pia Sundhage para os amistosos das próxima sexta (27) e terça-feira (1º de dezembro) contra o Equador, ambos com início às 21h30 (horário de Brasília), em São Paulo. No currículo da meia-atacante de 28 anos, estão 93 partidas e 17 gols pela seleção feminina e participações em duas Copas do Mundo (2015 e 2019) e na Olimpíada Rio 2016.  A jogadora da Roma, da Itália, porém, não acredita que o histórico será determinante para seguir vestindo a amarelinha.

“Com certeza, o meio-campo é uma das posições mais difíceis. As meninas foram merecidamente convocadas, têm feito grandes campeonatos. Ninguém tem nome na lista. Não importa se você está sempre sendo chamada ou se esteve em Mundial. Tem de mostrar a cada dia porque está aqui. Todos os treinos são importantes”, declarou Andressa Alves, em entrevista coletiva hoje (24), transmitida pelo canal oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no YouTube.

Pia chamou, inicialmente, mais oito nomes para o meio-campo: Adriana, Andressinha (ambas Corinthians), Formiga, Luana (ambas Paris Saint-Germain, da França), Duda, Júlia Bianchi (ambas Avaí/Kindermann), Valéria (Madrid CFF, da Espanha) e Marta (Orlando Pride, dos Estados Unidos). A Rainha precisou ser cortada após testar positivo para o novo coronavírus (covid-19), sendo substituída pela zagueira Camila, do Avaí/Kindermann.

Andressa Alves, meia-atacante da seleção brasileira feminina de futebol
Andressa Alves, meia-atacante da seleção brasileira feminina de futebol

No currículo de Andressa Alves estão 93 partidas e 17 gols pela seleção feminina, além de participações em duas Copas do Mundo (2015 e 2019) e na Olimpíada Rio 2016 – Mariana Sá/CBF/Direitos Reservados

Um dos trunfos de Andressa Alves para ir à Olimpíada de Tóquio (Japão), adiada para 2021, é a capacidade de atuar em diferentes setores. É uma característica paulatinamente considerada fundamental por Pia nas entrevistas que a treinadora sueca concede. Em oito anos defendendo a seleção feminina principal, a jogadora foi atacante, volante e até lateral-esquerda.

“É muito importante ter atletas que consigam jogar em mais de uma posição, principalmente em uma Olimpíada, onde o limite de convocadas [18 jogadoras] é menor que o de um Mundial [23]. Acho importante a valorização que a Pia dá a isso. Estou me adaptando ao que ela pede em cada treino e cada jogo”, afirmou a meia-atacante, que, nesta terça, participou da primeira atividade da seleção no Centro de Treinamento Joaquim Grava, em São Paulo, visando os duelos contra as equatorianas.

Já a oportunidade a jogadoras da nova geração – inclusive às concorrentes diretas por vaga na seleção – é enaltecida por Andressa Alves, que elogia as companheiras mais jovens.

“Acho superimportante e válido. As meninas mais novas estão adquirindo uma experiência grande, tanto no Campeonato Brasileiro como jogando fora do país. A Valéria, por exemplo, é uma jogadora nova, que eu não conhecia e, para mim, terá um grande futuro na seleção. As outras também. A gente sabe que a renovação tem de acontecer porque as mais velhas sairão em algum momento e isso já tem que vir ano após ano”, concluiu.