A Polícia Federal enviou nesta quinta-feira (12) ao STF (Supremo Tribunal Federal) um relatório preliminar da investigação contra Silvio Almeida. O ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida virou alvo de inquérito por causa de denúncias de assédio sexual.
Os investigadores pedem que o Supremo avalie a competência para analisar o caso. A PF pede que o STF defina se a questão deve ser analisada pela Corte ou por instâncias inferiores da Justiça. O motivo é que as acusações tratam do período no qual o ex-ministro tinha foro privilegiado. Não há prazo para decisão.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Silvio Almeida. A decisão ocorreu após o surgimento de denúncias contra ele pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade atendeu mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.
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Na terça-feira (10), a PF ouviu uma das mulheres. O depoimento está sob em sigilo.
Defesa diz que acusações são mentiras
Em nota divulgada após as acusações, Silvio Almeida disse repudiar “com absoluta veemência” as acusações, às quais ele se referiu como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”.
No comunicado, o ministro avaliou que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.
“Dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”.
