VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Brasil tem cinco suspeitas de gripe aviária em investigação

Ministério da Agricultura confirma que investigações ocorrem no RS, em SC, TO, CE e PA; único foco confirmado em granja comercial segue sendo o de Montenegro.

Barreiras sanitárias instaladas em Montenegro, no Vale do Caí. Crédito: Ascom Seapi/Divulgação
Barreiras sanitárias instaladas em Montenegro, no Vale do Caí. Crédito: Ascom Seapi/Divulgação

O Brasil investiga, nesta terça-feira (20), cinco suspeitas de gripe aviária do tipo H5N1. Os dados constam na plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). As suspeitas seguem em apuração, com coleta de amostras e sem resultado laboratorial conclusivo até o momento.

Duas das investigações ocorrem em ambientes de produção comercial: uma em uma granja de pintinhos de cinco dias no município de Ipumirim (SC) e outra em um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO). As outras três suspeitas foram registradas em aves de subsistência, de fundo de quintal, localizadas em Estância Velha, no Vale do Sinos, Salitre (CE) e Eldorado do Carajás (PA).

Ainda conforme o Mapa, três investigações anteriores em criação doméstica foram descartadas após exames laboratoriais: em Triunfo, no Vale do Caí, em Nova Brasilândia (MT) e Graccho Cardoso (SE), não apresentaram vestígios do vírus H5N1.

Desde maio de 2023, o Brasil já conduziu mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária. Os números refletem a obrigatoriedade de notificação imediata de qualquer sinal da doença ao SVO (Serviço Veterinário Oficial) por parte de produtores, técnicos, prestadores de serviço e pesquisadores.

Foco confirmado em granja comercial em Montenegro

Até o momento, há apenas um caso confirmado de gripe aviária em plantel comercial no Brasil: trata-se de um matrizeiro em Montenegro, no Vale do Caí. A granja, voltada à reprodução, teve a detecção de 35 animais infectados no último dia 15 de maio. Foi a primeira confirmação da doença em produção comercial no país.

Desde o início da crise sanitária, há dois anos, o Ministério da Agricultura registrou 168 casos de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) no Brasil: 160 em aves silvestres, 4 em leões-marinhos, 3 em produções de subsistência e 1 em sistema comercial. A vigilância segue ativa em todo o território nacional.