
O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi preso nesta sexta-feira (26) no Paraguai. A captura ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Vasques tentava embarcar em um voo internacional com destino a El Salvador, na América Central.
A prisão foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. De acordo com a corporação, Vasques teria rompido a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina e passou a ser monitorado pelas autoridades brasileiras, que comunicaram países vizinhos sobre a fuga.
Conforme a Polícia Federal, o ex-diretor foi abordado pela polícia paraguaia no aeroporto ao tentar embarcar usando documento falso. A detenção ocorreu com apoio da Polícia Federal brasileira, que recebeu uma imagem enviada pelas autoridades do Paraguai para auxiliar na identificação.
A prisão preventiva de Silvinei Vasques foi decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A Polícia Federal informou que ele deve ser entregue às autoridades brasileiras após audiência de custódia marcada para esta sexta-feira (26).
Condenação na trama golpista

Vasques foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a 24 anos e seis meses de prisão no julgamento do núcleo da trama golpista atribuída a integrantes do governo Jair Bolsonaro. A sentença inclui 22 anos de reclusão, em regime inicial fechado, e dois anos e seis meses de detenção, além de 120 dias-multa, com cada dia-multa equivalente a um salário mínimo.
O ex-diretor foi denunciado por cinco crimes: tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Também foram condenados Filipe Martins, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira e Mário Fernandes.
Silvinei Vasques deixou o cargo na Prefeitura de São José (SC) neste mês. Ele havia sido nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação em janeiro de 2025 e pediu exoneração em dezembro, no mesmo dia em que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal.
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