Política

"Desonra para o país", avalia Barroso sobre plano golpista

A ação resultou na prisão de militares acusados de planejar um golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Luís Roberto Barroso, veste terno azul e gesticulando com a mão, ao tomar posse como presidente do Conselho Nacional de Justiça
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Luís Roberto Barroso, manifestou-se nesta terça-feira (19) sobre as investigações da Operação Contragolpe, conduzida pela PF (Polícia Federal). A ação resultou na prisão de militares acusados de planejar um golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim do governo de Jair Bolsonaro.

Durante sessão do CNJ, Barroso classificou como “estarrecedoras” as informações reveladas pela operação. O ministro pediu cautela até a conclusão das investigações, mas destacou a gravidade dos acontecimentos.

“Tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram nada tem a ver com ideologia e opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e de desrespeito ao Estado de Direito. Estamos falando de crimes previstos no Código Penal”

Ministro Luís Roberto Barroso, ao se manifestar sobre a Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19)

Defesa das instituições

Barroso reforçou que as instituições brasileiras estão atuando de forma correta e dentro do que se espera em uma democracia sólida.

“Felizmente, já superamos o ciclo do atraso, mas é preciso empurrar para a margem da história comportamentos como esses, que estão sendo noticiados pela imprensa, e que são uma desonra para o país”

Luís Roberto Barroso, em manifestação nesta terça-feira (19)

De acordo com a Polícia Federal, os investigados planejavam ações extremas, incluindo o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.