IMPACTO NO ICMS

Mais de 3 mil estabelecimentos do RS ainda não se recuperaram após as enchentes

Grande maioria dos prejudicados faz parte do Simples Nacional, regime destinado a microempresas e empresas de pequeno porte

A Receita Estadual publicou, na sexta-feira (9), a nona edição do Boletim Econômico-Tributário. O relatório traz os impactos das enchentes nas movimentações econômicas dos contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do RS.

Conforme o levantamento, 3.159 estabelecimentos gaúchos que sofreram perdas seguem com nível de atividade considerado baixo. Por nível baixo entende-se que o volume de vendas é inferior a 30% da média normal registrada antes das enchentes.

Do total de estabelecimentos, a grande maioria, 2.226, faz parte do Simples Nacional, regime destinado a microempresas e empresas de pequeno porte. O restante integra o Regime Geral de tributação, ou seja, os de maior porte.

No caso do Simples Nacional, 5.106 estabelecimentos estavam em áreas inundadas. Já os do Regime Geral foram 3.307.

Na visão por setor, o impacto é maior para os setores de supermercados, com 984 estabelecimentos, de calçados e vestuário, com 465, e de móveis e materiais de construção, com 354.

Conforme o governo do Estado, este quadro impacta a arrecadação do ICMS entre os dias 1º de maio e 31 de julho. O valor projetado antes das enchentes para o período era de R$ 11,87 bilhões. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 11,39 bilhões, ou seja, uma redução de R$ 480 milhões (-4,0%).