CRISE NA SAÚDE

Troca de gestão afeta atendimentos no Hospital de Alvorada

Serviços estão restritos aos casos considerados graves nesta segunda-feira (1º).

A troca de gestão do Hospital de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre, está sendo conturbada. Atendimentos estão restritos aos casos considerados graves nesta segunda-feira (1º). Funcionários da antiga operadora fazem protesto contra as demissões.

Após cerca de 25 anos, a FUC (Fundação Universitária de Cardiologia) deixará de gerenciar o hospital, que terá como administrador a Associação Beneficente João Paulo II, do Recife (PE), contratada emergencialmente pelo Governo do Estado. A troca de gestão deveria ocorrer nas primeiras horas desta segunda-feira (1º).

No entanto, segundo profissionais que estavam no plantão, não havia equipe suficiente para o atendimento dos pacientes. Dos 35 funcionários que estavam no local, apenas 7 tinham a quem entregar os prontuários dos pacientes.

O Simers (Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul) entrou com ação coletiva para suspender as transições de gestão. O pedido não foi atendido.

Diante da situação, no entanto, profissionais se recusaram a deixar o local e decidiram continuar a prestação dos serviços. A Brigada Militar foi acionada para mediar a transferência de gestão.

O resultado foi a restrição dos atendimentos apenas para os casos considerados graves. Pessoas que buscavam atendimento eram orientadas a irem a outras unidades de saúde, como as de Porto Alegre.

O grupo, que está em greve e conta com apoio do SindiSaúde (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem), realiza uma manifestação em frente ao Hospital. O sindicato critica veementemente a troca de gestão.

Os funcionários que trabalhavam no Hospital de Alvorada exigem que a FUC faça as rescisões e faça pagamentos das multas. No entanto, ainda não há qualquer previsão neste sentido. A Fundação, que administra o Hospital de Cardiologia em Porto Alegre, está em recuperação judicial.