No Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado nesta segunda-feira (28), o Rio Grande do Sul apresenta resultados expressivos no enfrentamento à hepatite C. Entre 2019 e 2024, o número de óbitos caiu 51,8%, enquanto os casos registrados da doença recuaram 30% no período.
Os dados constam no Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2025, divulgado pelo Ministério da Saúde com apoio da SES (Secretaria da Saúde do RS). O documento reúne informações sobre as hepatites A, B, C, D e E, com base em registros de notificações e óbitos até 2024.
Ações do SUS no combate à hepatite
A queda nos índices é atribuída à ampliação das políticas públicas de vigilância, diagnóstico e tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Entre as ações, destacam-se:
- oferta de testes rápidos para hepatites B e C;
- acesso facilitado a medicamentos;
- início ágil do tratamento após o diagnóstico;
- descentralização do cuidado, com fluxos definidos a partir da atenção primária.
Além disso, o RS implementa estratégias específicas para rastrear a hepatite C em grupos mais vulneráveis, como pessoas privadas de liberdade, com mais de 40 anos, em hemodiálise, usuárias de álcool e outras drogas e pessoas vivendo com HIV.
Formas de transmissão e sintomas
As hepatites virais são infecções no fígado causadas por diferentes vírus e variam de formas assintomáticas até quadros graves. Veja as principais formas de transmissão:
- Hepatite A: via fecal-oral, relacionada ao saneamento precário e água contaminada.
- Hepatite B e C: pelo sangue e fluidos corporais, com potencial de transmissão sexual ou por procedimentos invasivos.
- Hepatite D: só afeta quem já tem hepatite B.
- Hepatite E: transmitida por alimentos e água contaminados.
Os sintomas incluem náusea, dor abdominal, febre, cansaço e pele ou olhos amarelados.
Vacinas disponíveis na rede pública
O SUS oferece vacina para hepatites A e B. Para hepatite C, embora não exista vacina, há tratamento gratuito e eficaz, com taxa de cura superior a 95%.
- Hepatite A: indicada para crianças de 15 meses até 4 anos; também está disponível para usuários da PrEP contra HIV.
- Hepatite B: disponível para todas as idades. Adultos precisam de três doses e pessoas com comorbidades podem receber até quatro.
A SES reforça que a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento são as melhores formas de controlar as hepatites. A população pode buscar os serviços nas unidades básicas de saúde dos municípios.