SAÚDE E BEM-ESTAR

Por que suas pernas doem e incham? Pode ser lipedema – e ninguém te contou isso antes

Condição pouco conhecida afeta a gordura do corpo e pode causar dor, inchaço e problemas circulatórios.

Crédito: reprodução
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Você já sentiu que, não importa o que faça, suas pernas continuam inchadas, doloridas e acumulando gordura de um jeito diferente do resto do corpo? Se sim, você pode estar lidando com algo que muitas pessoas – e até profissionais de saúde – ainda não conhecem direito: o lipedema.

E não, não é “só estética”. Lipedema não é sobre peso – é sobre saúde.

A primeira coisa que você precisa saber é que lipedema não é “gordura normal” nem falta de exercício. Ele é uma doença crônica que afeta o tecido adiposo, fazendo com que a gordura se acumule de maneira desproporcional, principalmente nas pernas, coxas, quadris e, em alguns casos, nos braços.

Sabe aquela história de fazer dieta, treinar, perder peso no rosto e no tronco, mas as pernas continuarem exatamente iguais? Pois é. Isso pode ser um sinal de lipedema.

E não para por aí: além da questão estética, ele vem acompanhado de dor, sensação de peso nas pernas, hematomas fáceis e, em estágios mais avançados, pode evoluir para problemas de circulação e mobilidade.

Agora, o grande problema: muitas mulheres passam anos sofrendo sem nem saber que têm a condição.

Por que nunca me disseram isso antes?

O lipedema ainda é pouco diagnosticado porque muita gente acha que é só gordura localizada. Algumas mulheres escutam que precisam “comer menos” ou “se esforçar mais nos treinos”, como se o problema fosse falta de dedicação. Mas, no lipedema, essa gordura não some com dieta e exercício da mesma forma que a gordura comum.

Isso significa que não tem solução? Não é bem assim. 

Então, o que fazer?

O tratamento do lipedema envolve três pilares principais:

  1. Alimentação anti-inflamatória: Alguns alimentos pioram o inchaço e a inflamação. Um plano alimentar específico pode ajudar a aliviar os sintomas e evitar a progressão do quadro.
  2. Atividade física direcionada: Exercícios de baixo impacto, como musculação, pilates e hidroginástica, ajudam a fortalecer a musculatura sem agravar a inflamação.
  3. Terapias complementares: Drenagem linfática, meias de compressão e até certos tipos de suplementação podem ajudar no controle da doença.

Em alguns casos mais avançados, a cirurgia (lipoaspiração específica para lipedema) pode ser uma alternativa.

Se identificou? Não ignore os sinais!

Se você sente dores nas pernas, tem acúmulo de gordura desproporcional e nota que a região incha facilmente, procure um profissional que conheça o lipedema. O diagnóstico correto faz toda a diferença para que você entenda seu corpo e cuide dele da forma certa.

Porque a pior parte do lipedema não é ter a condição – é passar anos sofrendo sem nem saber o que está acontecendo.

Já tinha ouvido falar sobre isso? Conhece alguém que pode estar passando por isso sem saber? Me conta nos comentários ou compartilhe esse texto com quem precisa dessa informação!